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Fernando Brito: carta demonstra desespero de Léo Pinheiro

"É preciso ser muito cínico para não ver que os acordos de delação premiada tornaram-se uma máquina de chantagem que pouco ou nada têm a ver com a busca da verdade", diz o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço; "O caso OAS-Léo Pinheiro acaba de produzir outro destes momentos", afirma

(Foto: Reprodução)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - O processo judicial, no Brasil, virou uma imundície faz tempo.

É preciso ser muito cínico para não ver que os acordos de delação premiada tornaram-se uma máquina de chantagem que pouco ou nada têm a ver com a busca da verdade.

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O caso OAS-Léo Pinheiro acaba de produzir outro destes momentos.

Ontem, a Folha noticiou que seu acordo de delação premiada estava parado há cinco meses no gabinete da Procuradora Geral da República, esperando para ser enviado para o ministro Luiz Edson Fachin.

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É possível imaginar o desespero de alguém que vê suas expectativas de liberdade paradas assim, juntando poeira, não é?

Aí está, evidentemente, a motivação para a curiosa “cartinha” do empresário mandada à Folha de S. Paulo.

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No seu desespero e transformado em instrumento indispensável para a condenação do ex-presidente Lula, o senhor Léo Pinheiro faz afirmações que os próprios fatos tornam inacreditáveis.

Diz que suas alegadas confissões são “uma forma de passar a limpo erros” e não por ” pressão das autoridades”.

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Claro, um processo de “conversão espiritual”, nada a ver com estar com uma pena de quase três décadas de prisão.

Escreve mais, afirmando que nunca mudou seus depoimentos.

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O noticiário da própria Folha, mostra que não é verdade.

Em junho de 2016 o jornal diz que “Delação de sócio da OAS trava após ele inocentar Lula“, quando afirmava que fizera obras no triplex do Guarujá para oferecer o apartamento a Lula, “mas a família de Lula não se interessou pelo imóvel”.

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Pinheiro estava sob intensa pressão já à época:

Condenado em agosto do ano passado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Pinheiro corre para fechar um acordo porque pode voltar para a prisão neste mês, quando o TRF (Tribunal Regional Federal) de Porto Alegre deve julgar o recurso de seus advogados.
O risco de voltar à prisão deve-se à mudança na interpretação da lei feita pelo Supremo Tribunal Federal em fevereiro deste ano, de que a pena deve ser cumprida a partir da decisão de segunda instância. Ele ficou preso por cerca de seis meses.

A corrida era, segundo o jornal, acelerada pelas informações de que os procuradores só aceitariam uma delação, a dele ou a da Odebrecht.

É claro que não se pode imaginar que, ainda dependurado na “boa vontade” do Ministério Público para sair da cadeia, não resta a Léo Pinheiro senão vir em socorro dos procuradores que têm as chaves de sua cela.

O fato, porém é que, além de uma manobra de esperteza de sua defesa, o episódio pode ter sido uma encomenda para confrontar as revelações devastadoras feitas sobre a circunstâncias de sua delação, primeiro recusada e só aceita quando os depoimentos foram mudados para acusar Lula.

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