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Mídia

Governo anuncia para abril divisão do Clarín

Presidente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual da Argentina, Martin Sabbatella comunicou ao Grupo Clarín que nos próximos 100 dias úteis o governo irá licitar, de forma compulsória, boa parte dos ativos do maior conglomerado de mídia do país e principal voz de oposição à presidente Cristina Kirchner

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Monica Yanakiew
Correspondente da Agência Brasil

Buenos Aires – O governo argentino comunicou nesta segunda-feira (17) ao Grupo Clarín que nos próximos 100 dias úteis irá licitar, de forma compulsória, boa parte dos ativos do maior conglomerado de mídia do país e principal voz de oposição à presidenta Cristina Kirchner. Na Argentina, há 21 empresas de comunicação audiovisual que precisam reduzir de tamanho para se adequar à Lei de Meios, aprovada há 3 anos. Apenas uma – o Grupo Clarín – recorreu à Justiça para questionar a constitucionalidade da legislação, impedindo a aplicação de dois artigos.

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Hoje, o presidente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual, Martin Sabbatella – órgão responsável por colocar a lei em prática - apresentou-se na empresa para dizer que o governo não vai esperar mais. Até abril examinará os ativos [o que pode ser transformado em dinheiro], quanto valem e decidir quais serão licitados publicamente. "Os serviços não serão interrompidos. Terão que ser assegurados até a transferência ao novo dono, que será obrigado a manter os mesmos postos de trabalho", explicou à Agência Brasil, Martin Sabbatella.

A batalha judicial, que vem se arrastando desde 2008, intensificou-se na sexta-feira retrasada (7). A data, que o governo batizou de 7D, marcaria o princípio do fim dos chamados monopólios de comunicação. Na véspera, a Justiça prorrogou pedido de liminar concedida ao Grupo Clarín, questionando a constitucionalidade dos artigos 45 e 161 da lei. Pela decisão judicial, a liminar continuaria valendo até a decisão definitiva sobre a constitucionalidade da Lei de Meios.

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Pela nova lei, nenhuma empresa pode ter mais que dez emissoras de rádio e de TV e 24 licenças de televisão a cabo. O Grupo Clarín tem 240 licenças a cabo (dez vezes mais). A empresa questiona a constitucionalidade da lei, por acreditar que viola direito adquirido: suas licenças foram prorrogadas pelo ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), marido da atual presidenta Cristina Kirchner. O Grupo Clarín argumenta que fez investimentos quando suas licenças foram prorrogadas, e que a legislação teria sido feita para silenciar a única voz de oposição.

O governo insiste que a lei foi aprovada pela maioria do Congresso, e que o objetivo é incentivar a democratização da informação. Algumas das licenças, retiradas dos grandes grupos, seriam entregues a universidades, organizações não governamentais, províncias e municípios.

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A liminar concedida ao Grupo Clarín caiu na sexta-feira passada (14), quando um juiz de primeira instância decidiu que os dois artigos questionados pela empresa eram constitucionais. Agora, o governo diz que a última palavra foi dada. O advogado do Grupo Clarín, Damian Cassino, discorda e argumenta que o governo não pode iniciar o processo sem esperar a decisão definitiva da Justiça.

 

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