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‘Intervenção no Rio conduz o Brasil a um imaginário traumático, à Ditadura Militar’

Em entrevista ao DCM, o pesquisador francês Christophe Ventura, do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas, avalia que a intervenção no Rio piora um cenário marcado por uma democracia enfraquecida, alvo de uma direita fora da lei; "Ela conduz o Brasil a um imaginário traumático, à Ditadura Militar"; segundo ele, o governo Temer, "impopular e ilegítimo, passa o controle de uma cidade, de um território, a um militar, com um poder político acima das instituições políticas, acostumando a sociedade à ideia de que se pode geri-la de maneira autoritária e repressora"

Em entrevista ao DCM, o pesquisador francês Christophe Ventura, do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas, avalia que a intervenção no Rio piora um cenário marcado por uma democracia enfraquecida, alvo de uma direita fora da lei; "Ela conduz o Brasil a um imaginário traumático, à Ditadura Militar"; segundo ele, o governo Temer, "impopular e ilegítimo, passa o controle de uma cidade, de um território, a um militar, com um poder político acima das instituições políticas, acostumando a sociedade à ideia de que se pode geri-la de maneira autoritária e repressora" (Foto: Leonardo Lucena)
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247 - Pesquisador do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (IRIS), Christophe Ventura, professor no Instituto Católico de Paris, avalia que a intervenção militar federal na segurança pública do Rio de Janeiro piora um cenário marcado por uma democracia enfraquecida, alvo de uma direita fora da lei. O pesquisador classificou o "governo não eleito de Michel Temer como um regime autoritário-capitalista, que impõe um ajuste econômico e social, em prol das exigências do mercado financeiro. Impopular e ilegítimo, passa o controle de uma cidade, de um território, a um militar, com um poder político acima das instituições políticas, acostumando a sociedade à ideia de que se pode geri-la de maneira autoritária e repressora". "É um péssimo sinal", diz. A entrevista foi concedida ao Diario do Centro do Mundo.

De acordo com o professor, a decisão é "preocupante". "Ela conduz o Brasil a um imaginário traumático, à Ditadura Militar. Desde essa época, não víamos um militar ser investido de um poder tão importante. É um poder de polícia, mas é também um poder político. Ele tem amplas prerrogativas: avaliar a situação e decidir o que necessita de intervenção militar sem o controle político. Há uma autonomia do seu poder, que foge ao habitual, mesmo em democracias que não conheceram a ditadura. Então é compreensível o choque que isso pode produzir para a população", disse.

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"A resposta militar só aumenta o problema. Desse ponto de vista, a escolha feita por Michel Temer é bastante questionável. A conclusão da Human Rights Watch faz sentido: a polícia é uma atividade específica, o mesmo vale para a segurança pública, que não é a mesmo trabalho do exército. É uma regra fundamental", acrescentou.

O estudioso questionou se a medida "é uma maneira de enviar uma mensagem à sociedade brasileira de um reforço da direita, da burguesia, com a confirmação de um poder que fará uma gestão cada vez mais autoritária da sociedade". "É essa mensagem que ele quer passar, num momento em que a sociedade brasileira deverá atravessar muita turbulência política, em torno do que acontecerá com o caso Lula, da criminalização dos movimentos sociais, os movimentos de contestação popular".

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Leia a íntegra da entrevista concedida ao DCM

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