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Janot, se for coerente, pode desfazer manobra para livrar Moreira no STF

"Está com ele, parada, desde segunda-feira da semana passada, uma 'Representação para Ajuizamento de Ação' na Justiça contra o ato que deu foro privilegiado ao 'Angorá' da lista da Odebrecht, proposta pelos deputados Wadih Damous (RJ) e Paulo Pimenta (RS), ambos do PT, pedindo que ele adote medidas para suspender, em caráter liminar, a nomeação de Moreira Fraco para o cargo de Ministro", lembra o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço

"Está com ele, parada, desde segunda-feira da semana passada, uma 'Representação para Ajuizamento de Ação' na Justiça contra o ato que deu foro privilegiado ao 'Angorá' da lista da Odebrecht, proposta pelos deputados Wadih Damous (RJ) e Paulo Pimenta (RS), ambos do PT, pedindo que ele adote medidas para suspender, em caráter liminar, a nomeação de Moreira Fraco para o cargo de Ministro", lembra o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço (Foto: Gisele Federicce)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Como deixou mais que insinuado no seu “pedido de informações” a Michel Temer, o Ministro Celso de Mello sinaliza uma “solução Pilatos” para o impasse na nomeação de Wellington Moreira Franco para o foro privilegiado, perdão, para a Secretaria de Governo da Presidência da República.

É que ele pede que Temer se pronuncie sobre a legitimidade de partidos políticos sejam legítimos para propor ente tipo de mandado de segurança e, de quebra, já indica decisões em contrário proferidas por outros ministros.

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Assim, em tese, pode julgar o processo extinto, sem apreciar o (de)mérito, alegando ilegitimidade dos autores, algo, claro, que jamais passou pela cabeça de Gilmar Mendes ao dar a ordem contra Lula.

Está nas mãos do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, evitar que isso aconteça.

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É que está com ele, parada, desde segunda-feira da semana passada, uma “Representação para Ajuizamento de Ação” na Justiça contra o ato que deu foro privilegiado ao “Angorá” da lista da Odebrecht, proposta pelos deputados Wadih Damous (RJ) e Paulo Pimenta (RS), ambos do PT, pedindo que ele adote medidas para suspender, em caráter liminar, a nomeação de Moreira Fraco para o cargo de Ministro.

Com que argumento? Os mesmos que Janot usou para dar parecer favorável à anulação da nomeação de Lula para a Casa Civil, que Damous e Pimenta transcrevem:

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Segundo o parecer da própria PGR no caso da nomeação do ex-Presidente Lula, pp. 31-32: “Colhem-se, portanto, os seguintes parâmetros para aferir desvio de poder: a) o agente busca atingir finalidade deturpada com o ato administrativo; b) o vício é objetivo, satisfaz-se com descompasso entre a finalidade legal e a real; c) dada a artificiosidade que o circunda, sua prova dá-se por meio de indícios que, revelando coerência, sejam capazes de nulificar o ato; d) o desvio é passível de controle judicial, na modalidade de controle de legalidade, até na via do mandado de segurança”

Se Janot ingressar com a ação requerida – com os mesmos argumentos que usou contra Lula – fecha-se a porta para a desqualificação dos pedidos de veto à nomeação de Moreira que pode ser alegada por Celso de Mello para legitimar a evidente manobra de proteção de Temer a seu pupilo.

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Rodrigo Janot adora usar a frase de que, com a PGR, “pau que dá em Chico também dá em Francisco”. É hora de saber se, quando o Francisco é quem o pode indicar para o terceiro mandato como Procurador Geral, a regra  também vale.

Afinal, se o Supremo optar pelo vergonhoso caminho da omissão cúmplice, não é justo que vá sozinho.

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Ou, se nos tempos sombrios que vivemos, todos os gatos são angorá.

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