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Kotscho avisa: preparem-se para a guerra!

"A principal sequela deixada pela disputa presidencial foi o ressurgimento de uma direita organizada e radical, gerada no bojo do antipetismo militante, que se alastrou pelo país durante a campanha numa grande aliança partidária, midiática, judicial e financeira", diz o jornalista Ricardo Kotscho; segundo ele, "não vai ter refresco nem para curar a ressaca de Carnaval"

"A principal sequela deixada pela disputa presidencial foi o ressurgimento de uma direita organizada e radical, gerada no bojo do antipetismo militante, que se alastrou pelo país durante a campanha numa grande aliança partidária, midiática, judicial e financeira", diz o jornalista Ricardo Kotscho; segundo ele, "não vai ter refresco nem para curar a ressaca de Carnaval" (Foto: Leonardo Attuch)
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Acabou a fantasia; agora, preparem-se para a guerra

Por Ricardo Kotscho, do Balaio do Kotscho

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Não vai ter refresco nem para curar a ressaca do Carnaval. Em plena Sexta-feira de Cinzas, Dilma e Aécio reapareceram em público, ao mesmo tempo, em Brasília, para dar uma amostra do clima de guerra que nos aguarda neste ano de 2015.

Dilma, mais magra e falante, atacou primeiro:

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"Se, em 1996 ou 1997 (primeiro governo FHC), tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante 20 anos atuando em esquema de corrupção".

FHC reagiu, logo em seguida, divulgando uma nota em que acusa a presidente de agir com a tática do batedor de carteira "que mete a mão no bolso da vítima, rouba e sai gritando `pega ladrão´".

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Aécio, já sem barba, veio atrás, fazendo coro:

"Depois de um silêncio que durou dois meses, certamente para se distanciar das medidas econômicas tomadas por seu governo, a presidente reaparece parecendo zombar da inteligência dos brasileiros."

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Ninguém saiu em defesa de Dilma, cada vez mais isolada e perdida nas suas decisões. Lula se mantém em obsequioso silêncio. No mesmo dia, lideres da oposição já falaram em convocar Dilma e Lula para depor na CPI da Petrobras, que está para ser instalada.

Enquanto isto, o Congresso Nacional respira fundo e se mantem em suspense, aguardando a divulgação da "Lista do Janot", quando, finalmente, o procurador-geral da República deverá apresentar os nomes dos políticos envolvidos na Operação Lava-Jato.

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No front econômico, o "aliado" PMDB, agora sob o comando de Eduardo Cunha, deve se juntar à oposição e até a setores do PT para derrubar o pacote do ajuste fiscal encomendado por Dilma ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que é combatido por todas as centrais sindicais.

No front jurídico, o Ministério Público Federal abriu ações cobrando R$ 4,5 bilhões de seis empreiteiras denunciadas na Operação Lava-Jato, colocando em risco os mais de 500 mil empregos do setor de construção civil, que já entrou em crise profunda, com os atrasos nos pagamentos e os cortes nos investimentos da Petrobras anunciados para este ano.

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Nas redes sociais, o clima está conflagrado, mais ainda do que na campanha eleitoral, com a convocação do protesto nacional do "Fora Dilma", marcado para o próximo dia 15 de março.

A principal sequela deixada pela disputa presidencial foi o ressurgimento de uma direita organizada e radical, gerada no bojo do antipetismo militante, que se alastrou pelo país durante a campanha numa grande aliança partidária, midiática, judicial e financeira.

Sinal destes novos tempos: em pleno começo de Quaresma, Ronaldo Caiado, um dos principais líderes desta aliança, fundador da UDR e senador pelo DEM de Goiás, já lançou seu nome para disputar as eleições presidenciais de 2018. Aécio que se cuide, pois a concorrência na oposição pode aumentar.

Mesmo aqueles que não se animaram a pedir votos para os candidatos de oposição em 2014, limitando-se a atacar o PT, agora não se contentam em pedir as cabeças de Dilma e Lula, mas procuram também criminalizar seus eleitores, responsabilizando-os pela crise ampla, geral e irrestrita, que está só começando.

Vida que segue.

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