Mello Franco: argumentos de Maia contra Justiça do Trabalho não se sustentam
O colunista Bernardo Mello Franco relatou, nesta sexta-feira, como radicalização das declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em relação à Justiça e à legislação trabalhistas não se sustentam com fatos; "Não é preciso simpatizar com sindicalistas para perceber que o deputado exagerou. A velha CLT tem problemas, mas está longe de ser a maior culpada pelo desemprego", escreve; "As vagas sumiram porque o país entrou em colapso, com um tombo recorde de 9% no PIB desde 2014"
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247 - O colunista Bernardo Mello Franco relatou, nesta sexta-feira, como radicalização das declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em relação à Justiça e à legislação trabalhistas não se sustentam com fatos. "Não é preciso simpatizar com sindicalistas para perceber que o deputado exagerou. A velha CLT tem problemas, mas está longe de ser a maior culpada pelo desemprego", escreveu na Folha de S.Paulo. "As vagas sumiram porque o país entrou em colapso, com um tombo recorde de 9% no PIB desde 2014".
"O deputado do DEM acusou os juízes da área de atuarem de forma 'irresponsável'. Ele alegou que decisões favoráveis aos trabalhadores teriam provocado a falência de bares e restaurantes no Rio de Janeiro.
'Foi quebrando todo mundo pela irresponsabilidade da Justiça brasileira, da Justiça do Trabalho, que não deveria nem existir', atacou.
A ofensiva não parou por aí. Maia culpou as leis trabalhistas pelo aumento do desemprego: "O excesso de regras no mercado de trabalho gerou 14 milhões de desempregados".
"A ideia de que as empresas estão em dificuldade por culpa da Justiça do Trabalho é uma mentira, uma bravata. A CLT era a mesma quando a economia brasileira estava crescendo", lembra o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Germano Siqueira.
Ele afirma que os juízes podem errar, mas são necessários para arbitrar os conflitos entre capital e trabalho. 'O Congresso também comete equívocos, e ninguém defende a sua extinção por causa disso', argumenta."
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