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Mídia

“Midiosfera bolsonarista está criando uma realidade paralela no Brasil”, diz João Cezar Castro Rocha

O professor analisou, em entrevista à TV 247, a formação de uma “midiosfera bolsonarista”, que divulga informações falsas para mobilizar o governo e, em última análise, criar uma “realidade paralela”. “Essa rede vai criar lobos solitários e alimentar o terrorismo doméstico”. Assista

(Foto: Divulgação)
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247 - O professor João Cezar Castro Rocha, em entrevista à TV 247, avaliou que existe no Brasil uma “midiosfera bolsonarista”, que se utiliza da estratégia de difusão de notícias falsas para não somente mobilizar o governo, mas também para criar uma “realidade paralela”.

“O que nós enfrentamos no Brasil hoje é algo absolutamente inédito na vida política brasileira e, se não tivermos noção exata do que temos diante dos nossos olhos, ano que vem será um ano pior, mais polarizado e ainda mais difícil que 2018, porque agora eles [bolsonaristas] têm um poder nas mãos. Quero propor a seguinte hipótese: O que ocorre hoje no Brasil, pela primeira vez em toda a experiência republicana brasileira, é a existência de uma midiosfera. É um sistema de comunicação bolsonarista que tem como finalidade produzir notícias falsas, ou seja, mentiras, difundir teorias conspiratórias e forjar narrativas polarizadoras que mantêm a base do governo permanentemente mobilizada”, disse. 

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“A função deles é trazer para a mídia tradicional as pessoas que representam as teorias conspiratórias mais absurdas, porque a partir do momento em que essas notícias circulam, ainda que para serem contestadas, se elas chegarem à mídia tradicional, de imediato essa mesma notícia retorna para a midiosfera bolsonarista como se fosse a comprovação absoluta da verdade. Se a minha hipótese estiver certa, é isso que está acontecendo no Brasil hoje”, explicou o professor.

João Cezar destaca que o processo gera radicalização, podendo levar ao “terrorismo doméstico de extrema-direita”: “O resultado é a criação, literalmente, de uma realidade paralela. É a transformação da militância política numa unidade de seita religiosa. E pode causar no próximo ano e já a partir deste ano o aparecimento inesperado na cena política brasileira de uma figura tradicional da paisagem norte-americana, o lobo solitário, o terrorismo doméstico de extrema-direita”. 

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