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Moro representa a volta do estado de exceção e a Lava Jato como método de governo

O jornalista Luis Nassif afirma que uma eventual vitória eleitoral do ex-juiz Sergio Moro, condenado por parcialidade nos processos contra o ex-presidente Lula, "significaria o golpe final na democracia” com "a volta do aparelhamento da Polícia Federal pelos delegados da Lava Jato"

Sergio Moro e Polícia Federal (Foto: Saulo Rolim/Podemos | Reuters/Ueslei Marcelino)
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247 - O jornalista Luis Nassif, do GGN, afirma que o apoio da direita à pré-candidatura de Sergio Moro, condenado por parcialidade nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “está sendo montado com o Partido Militar, mercado e grupos empresariais". Para ele, “uma eventual vitória de Moro significaria o golpe final na democracia” com "a volta do aparelhamento da Polícia Federal pelos delegados da Lava Jato". 

“Ao contrário de Bolsonaro, Moro tem relações umbilicais com o Partido Militar. Bolsonaro era aceito de forma algo envergonhada pelos militares, ao preço de abrir 8 mil cargos no governo. Já Moro é apoiado desde a Lava Jato. Os modos discretos, a perversidade fria de Moro é mais adequada aos protocolos militares do que o histrionismo de Bolsonaro”, diz Nassif.

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O jornalista relembra que “Moro foi o Ministro que perseguiu adversários recorrendo à Lei de Segurança Nacional; que tentou criar uma versão falsa da Vazajato para prender e expulsar do país o jornalista Glenn Greenwald. É o Ministro que colocou a Polícia Federal para intimidar um simples porteiro de condomínio que depôs sobre Bolsonaro no episódio da reunião prévia dos assassinos de Marielle Franco, no condomínio onde mora o presidente”.

“É o Ministro que organizou a Operação Garantia de Lei e Ordem no Ceará e estimulou o motim da Polícia Militar, episódio só contido pela coragem imprudente do senador Cid Gomes", completa. “Com Moro no poder, haveria a volta do aparelhamento da Polícia Federal pelos delegados da Lava Jato; um retorno dos abusos do Ministério Público Federal; a intimidação dos críticos com uso ampliado do poder de Estado, com funcionários cooptados do COAF, da Receita e a militância política extremada do Judiciário”, destaca Nassif no texto.

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Nassif ressalta, ainda, que “na esquerda, o jogo também é complicado. Lula já se firmou definitivamente como o candidato do arco de esquerda. Mas terá que fazer um movimento forte em direção ao centro. No momento, fala-se em dobradinha com o ex-presidenciável Geraldo Alckmin. Há ainda a possibilidade de uma liderança empresarial influente”.

“A montagem do grande arco de esquerda demandará concessões de lado a lado, com o PT abrindo mão de algumas candidaturas em favor dos partidos da aliança. Trata-se de uma estratégia que Lula domina amplamente, ao contrário das dificuldades que Bolsonaro e Moro encontrarão para amarrar as alianças regionais. De qualquer modo, ainda se está na preliminar do jogo principal”, finaliza.

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