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Renato Bazan: falência da Abril começou em 2003 contra o governo Lula

O jornalista Renato Bazan relata como a defesa cega do anti-petismo levou a editora Abril, dona da revista Veja, ao estado falimentar em que se encontra; "Prostituiram a minha profissão para fazer um troco, apoiaram um golpe de Estado, deram voz a figuras execráveis como Diogo Mainardi e Rodrigo Constantino. Não adiantou nada. Estão falindo. Será que valeu a pena se afundar nesse mar de lama?", questiona

Renato Bazan: falência da Abril começou em 2003 contra o governo Lula (Foto: Midia Ninja | Editora Brasil 247)
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Por Renato Bazan, em seu Facebook - A Abril está falindo, gente. A maior editora do país vai demitir quase todo mundo. E, mesmo com esse atestado de que a minha profissão tornou-se um campo de refugiados, não consigo ficar triste.

Me sinto seguro para dizer: a falência do Editora Abril começou sobretudo com sua falência moral, em 2003, quando se declarou o inimigo número 1 do governo Lula. A decadência começou ali, com a semente da histeria na revista Veja.

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A Veja tinha UM MILHÃO E DUZENTOS MIL ASSINANTES naquele momento. Era a revista mais rentável DO MUNDO. A Exame também tinha centenas de milhares. Havia muito tempo para agir, a Internet ainda não havia se consolidado, o faturamento era saudável, a parceria com a Disney parecia inquebrável. Mas, por algum motivo, os Civita resolveram transformar a credibilidade de seus titãs em instrumentos de perseguição política. Depois do Mensalão, essa tornou-se a razão de existência única da Veja.

Nunca esqueço da confissão que me fez Eurípides Alcântara em 2008, em sua sala, quando era diretor da revista: "a gente está aqui para defender o homem branco, de 40 anos, classe média. Estamos aqui para dizer o que ele quer ouvir".

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Para mim, soou como a confissão de um crime. Para ele, era apenas "direcionamento editorial", mesmo que tivesse que perverter a reportagem completamente, como o fez inúmeras vezes. Foi o momento em perdi minha inocência profissional.

A Abril inventou mil motivos para ceder à histeria, ao tribalismo dos mercados, ao sentimento reacionário. Mas quem acompanha de perto sempre soube que o ranço se deu por causa de dinheiro. Dos materiais didáticos nas escolas públicas. Da verba de publicidade do Ministério das Comunicações. Da defesa cega dos interesses políticos de seus anunciantes.

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Prostituiram a minha profissão para fazer um troco, apoiaram um golpe de Estado, deram voz a figuras execráveis como Diogo Mainardi e Rodrigo Constantino. Não adiantou nada. Estão falindo. Será que valeu a pena se afundar nesse mar de lama?

Boa sorte aos amigos e colegas que sofrerão com as demissões adiante. A culpa não é de vocês.

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