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Samuel Pinheiro Guimarães traça a gênese da barbárie que ameaça o Brasil

O diplomata Samuel Pinheiro Guimarães explica as origens da barbárie com base no célebre artigo do historiador alemão Volker Ullrich e afirma relata como jornalistas, políticos, escritores e diplomatas tiveram responsabilidade direta na nomeação de Adolf Hitler; ele cita uma passagem dos bastidores do pré-nazismo: "Há razão para se preocupar? 'Não', pensou Nikolaus Sieveking, funcionário do Arquivo de Economia Internacional de Hamburgo, Alemanha. 'Acho que considerar a chancelaria de Hitler como um evento extraordinário é infantil o suficiente para deixar esse sensacionalismo para seus leais seguidores', escreveu ele em seu diário em 30 de janeiro de 1933"

Samuel Pinheiro Guimarães traça a gênese da barbárie que ameaça o Brasil (Foto: Central Press)
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247 - O diplomata Samuel Pinheiro Guimarães explica as origens da barbárie com base no célebre artigo do historiador alemão Volker Ullrich e afirma relata como jornalistas, políticos, escritores e diplomatas tiveram responsabilidade direta na nomeação de Adolf Hitler. Ele cita uma passagem dos bastidores do pré-nazismo: "Há razão para se preocupar? 'Não', pensou Nikolaus Sieveking, funcionário do Arquivo de Economia Internacional de Hamburgo, Alemanha. 'Acho que considerar a chancelaria de Hitler como um evento extraordinário é infantil o suficiente para deixar esse sensacionalismo para seus leais seguidores', escreveu ele em seu diário em 30 de janeiro de 1933".

Guimarães prossegue seu argumento - em artigo publicado no site Opera Mundi: "assim como Sieveking, muitos alemães não reconheceram inicialmente essa data como um ponto de virada dramático. Poucos sentiram o que a nomeação de Hitler como chanceler realmente significava, e muitos reagiram ao acontecimento com uma indiferença chocante. O chanceler do gabinete presidencial havia mudado duas vezes em 1932. Heinrich Brüning foi substituído no início de junho por Franz von Papen, que, por sua vez, foi substituído no início de dezembro por Kurt von Schleicher. As pessoas quase se acostumaram com esse ritmo. Por que o governo de Hitler deveria ser algo mais do que apenas um episódio? Nos noticiários Wochenschau, exibidos nos cinemas, a informação sobre a posse do novo gabinete foi a última, depois dos grandes eventos esportivos. Isso, apesar do fato de Hitler ter explicado claramente em 'Mein Kampf' e em incontáveis discursos antes de 1933 o que queria fazer uma vez no poder: abolir o 'sistema' democrático da Alemanha de Weimar, 'erradicar' o marxismo (pelo que ele queria dizer social-democracia e comunismo) e 'remover' os judeus da Alemanha. Quanto à política externa, não fazia segredo do fato de que queria revisar o Tratado de Versalhes e que seu objetivo de longo prazo era a conquista do 'Lebensraum no Oriente'."

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E prossegue, em reflexão detida: "a camarilha do presidente alemão Paul von Hindenburg, que o colocou no poder por meio de uma série de intrigas, concordou com os objetivos de Hitler de impedir o retorno à democracia parlamentar, cortar as correntes do Tratado de Versalhes, armar maciçamente os militares e, mais uma vez, fazer da Alemanha o poder dominante na Europa. Quanto ao resto das intenções declaradas de Hitler, seus parceiros da coalizão conservadora estavam inclinados a descartá-las como mera retórica. Uma vez no poder, argumentavam, ele se tornaria mais razoável. Eles também acreditavam que haviam "enquadrado" Hitler de uma forma que permitiria que suas ambições pelo poder e a dinâmica de seu movimento fossem mantidas sob controle. 'O que vocês querem?', perguntou aos críticos o vice-chanceler Papen, o verdadeiro arquiteto da coalizão de 30 de janeiro. 'Eu tenho a confiança de Hindenburg! Em dois meses, teremos empurrado Hitler para tão longe que ele vai gritar.', assegurava Papen".

 

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