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Tijlaço: Temer não explica nem encontro às escuras, nem malas de dinheiro

"Michel Temer é inconvincente por completo nas gordurosas explicações que até agora apresentou, especialmente no pronunciamento desta sábado (20)", diz Fernando Brito, do Tijolaço; segundo o blogueiro, "tentar apresentar como um adversário político" o empresário Joesley Batista, "alguém que se recebe, altas horas, secretamente, no porão de sua casa é, com toda a franqueza, inacreditável"; "As malas de dinheiro, inexplicadas, pesam como chumbo a arrastá-lo para o precipício", acrescenta

Temer durante evento com Mariano Rajoy no Palácio do Itamaraty 24/4/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Michel Temer tem razão em reclamar da edição do áudio em que é flagrado ouvindo e até concordando com as falcatruas narradas e os pedidos de “acertos” com o Governo feitos pelo empresário Joesley Batista.

É muito grave que a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal, dispondo de tempo para isso, não tenham se certificado de que o áudio é o original ou sua cópia fiel.

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O fato de Michel Temer ser um homem desprezível não justifica o uso de truques e ilegalidades contra ele, embora ele próprio tenha sempre se valido disto contra outros.

Temer, porém, é inconvincente por completo nas gordurosas explicações que até agora apresentou, especialmente no pronunciamento de hoje (assista ao final do post).

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Tentar apresentar como um adversário político alguém que se recebe, altas horas, secretamente, no porão de sua casa é, com toda a franqueza, inacreditável.

É risível, também, o trecho em que ele diz que o Brasil “saiu da recessão” e estava em progresso econômico. Se não fosse cinismo, bem que poderíamos dizer que ele vive em um universo paralelo.

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Como é incrível que, neste momento, ele de foros de afirmação oficial à jogadas financeiras com dólar e ações que Joesley Batista teria feito na véspera do  anúncio da delação premiada.

Por mais primário que possa ser o empresário, bobo ele não é e sabe que todas estas transações de grandes volumes de dinheiro ficam registradas no Banco Central, na Bovespa e na Comissão de Valores Mobiliários. Um condenação por fraude na bolsa ou no câmbio enterra a sua empresa nos órgãos de controle da SEC – Security Exchange Comission – dos Estados Unidos, onde está o centro de seus negócios, hoje.

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Igualmente, Rodrigo Janot não é tolo de deixar rolar uma montagem grosseira de algo tão importante e grave. A menos que seja um suicida, porque, até setembro há a escolha, pelo presidente, de um novo procurador geral. Ou o presidente já não será Temer ou o procurador não será, de novo, Janot ou alguém de seu grupo e, assim, ele teria de responder disciplinarmente por ter acolhido uma fraude evidente e ter a ela dado curso e provocado um escândalo mundial.

O problema de Temer é antes político e moral do que jurídico.

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Suspender o processo, como ele pretende, é uma confissão do Supremo de que Luís Edson Fachin agiu de forma, perdão trocadilho involuntário, temerária.

Num terremoto que tem como epicentro a Globo, que revelou, amplificou e massacrou o presidente do golpe, é improvável que Jornal Nacional de hoje e Fantástico de amanhã lhe deem tréguas.

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As malas de dinheiro, inexplicadas, pesam como chumbo a arrastá-lo para o precipício.

Temer segue arriscado a minguar de tal forma que na segunda ou terça feira já não reúna cacife político para nem mesmo existir, politicamente.

Se algo lhe resta como consolo é que Aécio Neves foi, antes dele, para o mármore do inferno.

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