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Tijolaço: Gravação secreta leva ética de Janot ao nível da de Joesley

"A gravação da conversa entre o então Procurador Geral da República e seus colegas procuradores-gerais de países sul-americanos em Brasília tem algo de mais grave que a já grave informação de que Janot foi pedir a cooperação de Michel Temer para investigar suspeitas de corrupção do então chanceler José Serra na Espanha", escreve Fernando Brito, do Tijolaço; segundo o blogueiro, "gravar uma reunião sem o conhecimento de seus participantes e nestas circunstâncias" coloca Janot "no mesmo patamar do seu ex-colaborador e agora inimigo Joesley Batista e suas gravações coletivas  

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante a 22ª Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul (REMPM) (Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Fernando Brito, no Tijolaço - A gravação da conversa entre o então Procurador Geral da República e seus colegas procuradores-gerais de países sul-americanos em Brasília tem algo de mais grave que a já grave informação de que Janot foi pedir a cooperação de Michel Temer para investigar suspeitas de corrupção do então chanceler José Serra na Espanha.

Há pelo menos um indício concreto de que isso pode ter sido a razão do afastamento de Serra do Itamarati, como explica o G1 ai informar que  ”a agenda oficial da Presidência registra uma reunião entre Janot e Temer no dia 15 de fevereiro, às 17h30″ e que “uma semana depois, em 22 de fevereiro, Serra pediu demissão do cargo de ministro, alegando problemas de saúde”.

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Seria o mínimo a esperar-se diante de uma investigação internacional sobre o chefe da diplomacia brasileira.

Mas há algo que o site da Globo não questiona e que é um escândalo que também terá repercussão sobre a imagem do Brasil. É o fato de haver uma gravação clandestina de uma reunião internacional de procuradores gerais, todos eles, em tese, detentores de informações sigilosas, juntamente durante as conversas reservadas entre eles.

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Gravar uma reunião sem o conhecimento de seus participantes e nestas circunstâncias – quando eram convidados de Janot, já em seu período de saída, em agosto passado – é algo que coloca o Procurador Geral da República no mesmo patamar do seu ex-colaborador e agora inimigo Joesley Batista e suas gravações coletivas.

É absolutamente necessário que a Procurador Raquel Dodge abra uma investigação sobre as circunstâncias desta gravação, extra-oficial e totalmente aética e ofensiva a autoridades estrangeiras recebidas pela chefia do MP.

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Tudo, no Ministério Público, parece ter adotado os métodos “abandidados” dos personagens que ele investiga por crimes. Hoje, Eduardo Cunha acusa a Procuradoria de ter usado parte dos “anexos” que ofereceu em sua proposta de delação premiada na delação firmada com o doleiro Lúcio Funaro.

O MP não pode entrar na linha do “ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão”. É um órgão público, o fiscal da lei, e se vê metido, agora, neste submundo de propinas, vantagens, espionagem e fraude.

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