Tijolaço: Meirelles quer tirar talão de cheques das mãos de Temer
Editor do blog Tijolaço, Fernando Brito, diz que o ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, quer mais poderes para controlar a execução orçamentária do governo, incorporando no ministério a Secretaria do Orçamento, hoje no Planejamento; "O contingenciamento, negado em tese, fica aplicado na prática, porque os órgãos públicos terão orçamento mas não poderão empenhá-lo e, assim, contratar despesas planejadas", diz Brito; "O Planejamento, como se sabe, continua sob o mando indireto de Romero Jucá, através do seu auxiliar Dyogo de Oliveira. E, portanto, cumpre sem discutir o que vem do Palácio do Jaburu"
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Deve ter tido gente que achou que o que venho falando aqui desde segunda-feira sobre o conflito entre Henrique Meirelles e Temer estar se aguçando poderia ser intriga de “blogueiro sujo” , achando que se pode ver discórdia onde só há harmonia.
Pois então olhem essa do Estadão, hoje:
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pediu que a Secretaria do Orçamento, hoje no Ministério do Planejamento, seja transferida para sua pasta. A mudança, que ainda é tratada de forma reservada, está sendo discutida diretamente entre a equipe econômica e o presidente em exercício Michel Temer. Com mais poderes, Meirelles passaria a ter controle maior sobre os gastos da União.
Porque, explica a matéria, “a equipe de Meirelles quer evitar o chamado controle na “boca de caixa”, que é tradicionalmente feito pelo Tesouro quando precisa frear o pagamento das despesas. ”
Ou seja, o Ministério do Planejamento autoriza a execução da despesa e a Fazenda adia o pagamento, por não ter – 0u estar ficando sem – caixa para honra-los.
É como se o primeiro emitisse o cheque e o segundo o pagasse no caixa.
Se passar ao controle de Meirelles, nem o cheque sai.
O contingenciamento, negado em tese, fica aplicado na prática, porque os órgãos públicos terão orçamento mas não poderão empenhá-lo e, assim, contratar despesas planejadas.
O Planejamento, como se sabe, continua sob o mando indireto de Romero Jucá, através do seu auxiliar Dyogo de Oliveira. E, portanto, cumpre sem discutir o que vem do Palácio do Jaburu.
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