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‘A sensação é de estar desamparado pelo governo do Brasil’, diz brasileiro em Wuhan

Em entrevista à TV 247, o urbanista Higor Carvalho, um dos que aparecem no vídeo de apelo para que o governo Bolsonaro repatrie os cidadãos brasileiros que vivem na cidade chinesa Wuhan, alerta para o fato de que estão “em uma situação de risco” e diz se sentir desamparado pelo governo Bolsonaro

(Foto: Reprodução / Reuters)
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247 - “A gente quer voltar porque o Brasil é a nossa casa”, respondeu o brasileiro Higor Carvalho, urbanista e estudante da língua e da cultura chinesas, em conversa com a TV 247 neste domingo 2. Ele mora em Wuhan, capital da província de Hubei, onde se localiza o epicentro do surto do coronavírus, e é um dos brasileiros que, num vídeo, leem uma carta em apelo ao governo brasileiro para que repatrie os cidadãos que estão na China nesse período.

“A sensação é de estar desamparado”, explica ele, em referência ao governo brasileiro, uma vez que, por parte do governo chinês, ele ressalta estar recebendo toda a assistência para se proteger. “Estamos em uma situação de risco. A partir do momento em que a gente sai de casa para comprar alimentos, por exemplo, estamos sob risco. Sem contar a pressão psicológica, de que algo pode acontecer e sem qualquer previsão de quando isso irá acabar”, acrescenta. “Apelamos ao governo que nos dê o amparo que nos é de direito, como cidadãos brasileiros”, cobra ainda. 

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Hoje há 34 brasileiros presentes em Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes e grande centro comercial da China, mas o grupo é maior. Os demais estão em viagem, em um período de maior trânsito no país, devido ao Ano Novo Chinês. “É um grupo muito diverso em idade, gênero, identidades, ideologias políticas”, descreve Higor, lembrando que entre eles há atletas, estudantes, funcionários de multinacionais, mães com seus filhos e ainda outros perfis.

A especialista em Direito Internacional e pesquisadora brasileira Mariana Yante, residente em Xangai, contesta o posicionamento do governo Bolsonaro para não tomar providências na retirada dos brasileiros em Wuhan. “Um voo desses custa caro”, disse ele na sexta-feira 31, argumentando ainda entraves diplomáticos, jurídicos e orçamentários para a ação. Mariana lembra da possibilidade de implementar uma Medida Provisória e explica que não há exigência de uma legislação específica sobre a quarentena, como também alega o presidente.

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O governo chinês se prontificou, inclusive com a publicação de um documento em português, para apoiar a logística da movimentação dos cidadãos de outros países que estejam em Wuhan - e outras localidades da China, explicou Mariana.

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