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Bloqueio sionista de 12 anos provoca colapso social em Gaza, diz ONU

O bloqueio terrestre, aéreo e marítimo imposto por Israel a Gaza desde 2007 está gerando um "colapso social" nesse território, o que pode exacerbar a instabilidade na região, advertiu nesta segunda-feira (13) o responsável das Nações Unidas para os refugiados palestinos, Matthias Schmale

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EFE - O bloqueio terrestre, aéreo e marítimo imposto por Israel a Gaza desde 2007 está gerando um "colapso social" nesse território, o que pode exacerbar a instabilidade na região, advertiu nesta segunda-feira (13) o responsável das Nações Unidas para os refugiados palestinos, Matthias Schmale.

"Em um ano e meio por lá, pude ver uma mudança de humor nas pessoas para depressão. Não há perspectivas com 53% das pessoas desempregadas", afirmou o diretor de operações em Gaza da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, sigla em inglês) em entrevista coletiva.

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Segundo Schmale, cerca de 1,3 milhão de pessoas em Gaza (das 2 milhões que moram na Faixa) vivem sob a linha de pobreza e dependem diretamente de ajuda alimentícia da UNRWA e do Programa Mundial de Alimentos (PMA).

A agência das Nações Unidas para a Palestina sofre com problemas financeiros - derivados, entre outros fatores, da retirada de ajuda por parte dos EUA, até agora um dos principais doadores - e segundo Schmale necessita urgentemente de US$ 40 milhões para garantir a manutenção dos palestinos que recebem ajuda para os próximos seis meses.

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O representante da UNRWA acrescentou que a má situação econômica e social está produzindo um aumento do consumo de drogas, da prostituição e dos suicídios em Gaza.

"Gaza não é uma crise humanitária produzida por um tsunami, um terremoto ou uma guerra, mas é resultado do fracasso político na hora de buscar uma solução para 12 anos de bloqueio", afirmou.

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Após um ano de 2018 presidido pelas Marchas do Retorno, nas quais as forças israelenses atacaram deixando 200 mortos e mais de 30 mil feridos, Schmale advertiu sobre uma possível escalada do conflito diante do aniversário da mudança da embaixada norte-americana para Jerusalém em 14 de maio.

A comemoração dos 70 anos da "Nakba" ("Catástrofe"), o termo usado pelos árabes para se referir à expulsão dos palestinos entre 1946 e 1949, também poderia exacerbar a violência, embora o representante da UNRWA tenha expressado confiança em que "a mediação do Egito, Catar e do coordenador da ONU Nikolai Mladenov ajude a acalmar as coisas".

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A diretora da UNRWA para a Cisjordânia, Gwyn Lewis, destacou que houve nesse território um aumento dos problemas econômicos e sociais, aos quais se somaram as constantes incursões de forças israelenses nos 90 campos de refugiados palestinos que a ONU administra por lá.

"Temos cerca de duas batidas a cada semana e isto tem um alto impacto na população civil" nos acampamentos em que vivem cerca de 280 mil refugiados palestinos, afirmou a responsável de operações da UNRWA nesse território, que denunciou a detenção de cerca de 550 menores nestas operações.

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Lewis lamentou, por outro lado, que os problemas financeiros da UNRWA obrigaram a suspender alguns programas educativos e sanitários na Cisjordânia e forçaram a demissão de 150 pessoas.

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