Capriles irá pedir impugnação de eleição nesta quinta
Opositor venezuelano não reconhece resultado do pleito do último 14 de abril que deu vitória a Nicolás Maduro, a quem qualifica de "ilegítimo"
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Opera Mundi - O ex-candidato da oposição venezuelana, Henrique Capriles, anunciou que pedirá nesta quinta-feira (02/04) a impugnação da eleição presidencial no último 14 de abril, na qual foi derrotado por Nicolás Maduro por 1,5% dos votos. Desde antes do pleito, a aliança opositora do ex-candidato questionava a imparcialidade do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do país, e sinalizava a possibilidade de não reconhecer os resultados.
"Amanhã a impugnação vai ser apresentada ao TSJ [Tribunal Supremo de Justiça], ainda que saibamos qual é a realidade, vamos esgotar a institucionalidade e todos os canais nacionais porque não temos nenhuma dúvida de que isso vai terminar nas instâncias internacionais", afirmou o Capriles a jornalistas, durante uma marcha convocada pela oposição para o Dia Internacional do Trabalho.
Quando anunciou, na última semana, que entraria com o pedido de impugnação, o opositor já tinha afirmado que somente apresentará o recurso judicial para cumprir com os trâmites previstos na legislação do país, já que não espera uma resposta favorável do Judiciário do país. Segundo ele, a intenção da aliança opositora é que os questionamentos terminem “percorrendo o mundo” e resultem em “uma nova eleição”.
Capriles, que não assinou o documento do órgão eleitoral do país em que se comprometia a reconhecer os resultados eleitorais e a competência do CNE como árbitro do pleito, e qualifica Maduro como “ilegítimo” exige uma auditoria que compare as atas dos votos registrados nas urnas eleitorais com os cadernos de votação, com os quais, segundo ele, se comprovariam irregularidades.
O poder leitoral venezuelano autorizou uma ampliação da auditoria da plataforma eletrônica, já realizada no dia da votação. Na semana passada, o órgão esclareceu que, segundo a normativa eleitoral, esta auditoria não contempla uma recontagem dos votos e que os resultados emitidos são irreversíveis, ao contrário do que vinha sendo dito por Capriles.
O ex-candidato decidiu não participar da auditoria, cujo cronograma já foi iniciado, e chegou a afirmar que o pleito foi roubado. O resultado da eleição venezuelana foi reconhecido por diversos chefes de Estado e pela missão de observadores da Unasul (União de Nações Sul-americanas).
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