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Com criatividade e competência, Cuba enfrentou a crise do petróleo

O documentário “The Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil” mostra que o consumo de petróleo hoje reduziu de 27 milhões de barris por ano para cerca de 1 milhão e quase toda economia é sustentável; o país é próspero e a fome não é mais um problema na ilha caribenha, explica Vinícius Carvalho

O documentário “The Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil” mostra que o consumo de petróleo hoje reduziu de 27 milhões de barris por ano para cerca de 1 milhão e quase toda economia é sustentável; o país é próspero e a fome não é mais um problema na ilha caribenha, explica Vinícius Carvalho (Foto: Charles Nisz)
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Revista Fórum - O documentário estadunidense “The Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil”, de 2006, trata sobre como Cuba, após a queda da União Soviética e o pico do valor de Petróleo, conseguiu superar a maior crise humanitária a que foi empurrada nos anos 90, desde o fim da ditadura Fulgêncio Batista. E, a partir deste momento, conseguiu se tornar o único país praticamente 100% sustentável do mundo.

Alguns dados:

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– Com a queda da URSS, o PIB cubano despencou 34% só no primeiro ano.

– Aproveitando o péssimo momento cubano, o governo do “boa praça” Bill Clinton recrudesceu o bloqueio econômico à ilha no intuito de matar o regime socialista por inanição e fome, punindo qualquer navio que ancorasse no porto de Havana com seis meses de proibição de navegar por mares dos Estados Unidos, a venda de medicamentos e as instituições financeiras de liberar financiamentos ao governo ou cooperativas cubanas.

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– O consumo de petróleo, fertilizantes químicos e tratores era primordial para a produção de alimentos no país.

– Após essa crise, o país só conseguia produzir 1/4 dos alimentos necessários para a população.

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– Porém, Cuba, apesar de ter 2% da população da América Latina, possuía 11% dos cientistas.

– O governo desativou os lixões e terrenos baldios das zonas urbanas e transformou em hortas comunitárias.

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– Fomentou a permacultura e deu subsídios para que os telhados e lajes das casas virassem áreas de plantação.

– No campo, aposentou os tratores e voltou à cultura de arar a terra com tração animal. O que aumentou a produtividade de alimentos.

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– Praticamente toda a produção de alimentos varia de acordo com a sazonalidade da natureza. Ou seja, o solo não é “estressado” ao limite, e continua sendo produtivo por todo o ano, respeitando todos os seus ciclos.

– Com a impossibilidade de fabricar fertilizantes químicos, ganhou excelência na produção de bio-fertilizantes e hoje exporta tal cultura.

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– Coletivizou as terras improdutivas, permitiu as pequenas propriedades, cooperativas além das fazendas estatais. Os donos de fazendas privadas e cooperativas são os donos de fato das terras enquanto as mantiverem produtivas. Porém, se os mesmos deixarem espaços ociosos, o governo a redistribui por quem irá produzir na mesma.

– Eles podem, sim, ter lucro.

– Em pouco tempo, a dependência do petróleo na produção de alimentos foi mitigada, e as comunidades – mesmo as urbanas – passaram a ser praticamente independentes em produção de proteínas e consumo de calorias.

– 80% de toda alimentação cubana, já em 2006, eram de produtos orgânicos.

– O governo descentralizou os empregos, fabricou 500 mil bicicletas, comprou mais 1,5 milhões da China e distribuiu pela população, para não gastarem combustíveis com transportes públicos.

– Com bicicletas, saúde de família, sustentabilidade e alimentação orgânica, o país praticamente erradicou diabetes, obesidade e mortalidade infantil.

– O país tem hoje uma expectativa de vida de 80 anos, uma das maiores do mundo, similar ao Japão, Noruega, Suécia, Austrália, Canadá, Mônaco, França, Suíça e Áustria. No Brasil é de 74 anos, e nos EUA é de 78, por exemplo.

– Entre 30 e 40% da energia do país, é oriunda da queima de bagaço de cana; com medidas inteligentes, como aquecimento de água natural, luz solar, energia hidráulica de micro impacto são responsáveis pelo resto. Apesar da utilização de petróleo na geração não ser, obviamente, completamente descartada.

– O país possuía, em 2006, mais de 50 universidades (praticamente a mesma quantidade que o Brasil inteiro tinha de universidades públicas até os anos 90).

– O consumo de petróleo hoje reduziu de 27 milhões de barris por ano, para cerca de 1 milhão.

– Quase toda economia hoje é sustentável, o país é próspero, a fome não é mais um problema, e é único país apto para viver sem combustível fóssil e seus derivados.

– Fora tudo isso, os caras são extremamente gratos ao Hugo Chávez da Venezuela e ao Lula, por cagarem em cima do bloqueio estadunidense e ampliarem as relações com eles…

E eles agradecem à crise dos anos 90, também…

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