Cuba faz apelo contra a pandemia: 'globalizar a solidariedade'
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel fez um apelo à solidariedade mundial para combater a pandemia, ao constatar que a complexa situação causada pela disseminação do coronavírus demonstra a fragilidade de um mundo fraturado
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247 - O presidente de Cuba fez um chamado pela solidariedade global, durante reunião de trabalho do Movimento Não-Alinhado (Mnoal), realizada nesta segunda-feira (4) por videoconferência.
O alto número de infectados e as grandes perdas humanas mostram um impacto devastador em um mundo cada vez mais interconectado que, no entanto, não foi capaz de melhorar essa interconexão, disse ele.
Vamos dizer honestamente: se tivéssemos a solidariedade globalizada como o mercado globalizado, a história seria diferente, disse o presidente cubano.
Díaz-Canel se referiu ao enorme esforço feito por seu país para enfrentar a pandemia em meio à intensificação do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos.
Ele lembrou que meses antes do surto do coronavírus, Cuba estava resistindo ao reforço desse cerco brutal dos Estados Unidos, que visam a estrangular completamente o comércio da ilha e seu acesso a combustível e divisas.
É relevante a complementação e a solidariedade entre as nações do Terceiro Mundo diante das evidências de que a ajuda do norte industrializado será escassa, afirmou Díaz-Canel, que ao mesmo tempo expressou a disposição de Cuba para compartilhar suas experiências com os países do Movimento dos Países Não Alinhados.
Na reunião, os chefes de Estado e de Governo adotaram uma declaração defendendo a necessidade de contribuir efetivamente para os esforços globais, a fim de lidar com os efeitos sem precedentes da pandemia.
O documento expressa uma forte condenação à promulgação e aplicação de medidas coercitivas unilaterais contra os Estados membros do Movimento dos Países Não Alinhados e insta a comunidade internacional a adotar ações urgentes e eficazes para eliminar seu uso.
O evento foi presidido pelo presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, e contou com a presença de cerca de vinte chefes de Estado, do Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, e do Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Informações da Prensa Latina
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