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Em coletiva de fim de ano, Putin defende papel da Rússia no mundo

Como ocorre todo final de ano, o presidente russo Vladimir Putin concede nesta quinta-feira (20) longa entrevista coletiva à imprensa nacional e internacional, na presença de cerca de 1.000 jornalistas. O líder do Kremlin falou durante quase quatro horas sobre temas abrangentes da situação mundial e fixou a posição da Rússia: "O maior objetivo da política externa russa é garantir condições benéficas para o desenvolvimento da Rússia e sua prosperidade"

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247, com Sputnik - Como ocorre todo final de ano, o presidente russo Vladimir Putin concede nesta quinta-feira (20) longa entrevista coletiva à imprensa nacional e internacional, na presença de cerca de 1.000 jornalistas. O líder do Kremlin falou sobre temas abrangentes da situação mundial e fixou a posição da Rússia: "O maior objetivo da política externa russa é garantir condições benéficas para o desenvolvimento da Rússia e sua prosperidade".

Um dos temas mais importantes foi proposto pela jornalista do The Wall Street Jornal. A Rússia quer dominar o mundo? A Rússia é uma ameaça ao mundo? De maneira categórica, o presidente russo responde que todos sabem onde fica a sede de quem tenta governar o mundo e que ela não fica em Moscou.

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Ele lembrou que o orçamento militar dos EUA é de mais de 700 bilhões de dólares, enquanto o russo é de 46 bilhões, o que significa que a declaração de que a Rússia, e Putin em particular, querem dominar o mundo é um clichê. Os países da Otan precisam de um inimigo externo para se manter unidos. O maior objetivo da política externa russa é garantir condições benéficas para o desenvolvimento da Rússia e para sua prosperidade.

Comentando sobre a desdolarização da economia russa e o papel do rublo, Putin lembrou que, segundo o Fundo Monetário Internacional, o comércio em dólares diminuiu, mas a Rússia não pretende desistir do dólar. Quanto ao rublo, disse que seu papel no comércio internacional está aumentando, em primeiro lugar no que diz respeito aos países da União Econômica Eurasiática.

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Vladimir Putin discorreu sobre as relações com a Turquia: "Hoje em dia, as relações entre Moscou e Ancara estão se desenvolvendo bem e os laços continuam se reforçando, há divergências entre as partes, mas ambas estão prontas para estabelecer compromissos.

Putin se referiu também ao grau de deterioração a que chegaram as relações entre a Rússia e o Reino Unido: "As relações russo-britânicas estão em um beco sem saída, disse, mas é do interesse de ambos os países sair desse beco". Segundo Putin, Moscou tem interesse em restaurar plenamente essas relações.

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Putin comentou os protestos dos 'coletes amarelos' na França. Para ele, o que está acontecendo na França tem algo a ver com o aumento de preços dos combustíveis e revela a decepção com a situação em geral. No entanto, não é correto julgar as ações das autoridades franceses.

Um jornalista afegão perguntou a Putin como a Rússia vê as perspectivas do chamado "formato de Moscou" sobre as negociações relacionadas aos assuntos do Afeganistão. Putin destacou que a maioria dos afegãos está de acordo que a situação no país está longe de ser boa. No que diz respeito às negociações dos EUA com representantes do Talibã, o líder russo acredita que é possível conseguir acordos entre todas as partes do processo político no Afeganistão. E para isso a Rússia precisará reforçar sua base militar no Tajiquistão, frisou.

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Como não podia deixar de ser, Putin discorreu sobre o problema da Crimeia. Afirmou que os países do Ocidente falam de 'anexação', para dizer que a união da Crimeia com a Rússia resultou de uma ação de força por parte da Rússia. Por isso, esses países estabelecem sanções que atingem todos os habitantes da Crimeia, o que é injusto.

Putin se referiu também à retirada das tropas dos EUA da Síria e ao papel que os EUA desempenharam na derrota do chamado Estado Islâmico. Ele concordou com Trump sobre a derrota do Estado Islâmico e diz que os terroristas na Síria sofreram um duro golpe. Porém, existe a ameaça de penetração dos grupos terroristas nos países vizinhos, o que pode ameaçar até a Rússia. Ao mesmo tempo, Putin pôs em dúvida as intenções do presidente estadunidense, afirmando que não entende o que significa o anúncio da retirada de tropas da Síria, já que os EUA anunciam a retirada das tropas do Afeganistão a cada ano, mas as tropas permanecem lá há 17 anos. A Rússia ainda não viu os indícios dessa retirada, afirmmou.

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Putin considera que a presença das tropas dos EUA na Síria é ilegítima e desnecessária.

Um dos temas de maior destaque é a relação entre a Rússia e a China. Putin diz que o comércio entre os dois países se aproxima do patamar de 100 bilhões de dólares e que isto já é um êxito. Moscou e Pequim avançam em suas relações, cooperam ativamente no cenário internacional, o que é um fator de estabilidade do mundo.

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Vladimir Putin criticou as sanções econômicas contra seu país e afirmou que as medidas russas de retaliação contra as sanções ocidentais, representam a defesa dos interesses do povo russo.

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