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Em crítica indireta aos EUA, Japão pede resistência à 'tentação do protecionismo'

O Grupo dos Vinte (G20) deu início nesta sexta-feira (28) a uma cúpula de dois dias com os apelos do Japão pela defesa do livre-comércio e resistência às "tentações para o protecionismo", numa alusão aos EUA

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EFE - O Grupo dos Vinte (G20) deu início nesta sexta-feira (28) a uma cúpula de dois dias com os apelos do Japão pela defesa do livre-comércio e resistência às "tentações para o protecionismo" que põem em risco os fundamento de paz e prosperidade globais.  

"Agora é o momento de mandar uma mensagem forte para manter e fortalecer (em matéria comercial) um sistema livre e justo, não discriminatório", afirmou o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, no início da cúpula.  

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O discurso de Abe foi o único que os jornalistas puderam acompanhar na primeira sessão desta cúpula, realizada enquanto Estados Unidos e China procuram encerrar a guerra comercial que travam desde o ano passado.  Precisamente, a reunião que ocorrerá neste sábado entre os presidentes de China e EUA, Xi Jinping e Donald Trump, respectivamente, é a que mais chama atenção entre os múltiplos encontros bilaterais que começaram na quinta-feira.  

Abe discursou durante o almoço de trabalho em uma grande mesa-redonda com os líderes dos países do G20, que une economias desenvolvidas e em desenvolvimento, assim como representantes de organismos internacionais.  "As tensões sobre temas comerciais e geopolíticos estão crescendo", afirmou Abe no discurso, pouco depois que o secretário-geral da ONU, António Guterres, reconheceu que a reunião de Osaka é realizada em um momento de "alta tensão".  

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Com a mensagem, Abe lembrou que o Japão sempre levantou a bandeira do livre-comércio. "Uma economia livre e aberta são os fundamento da paz e da prosperidade".  Ao seu lado estava o presidente da Argentina, Mauricio Macri, anfitrião da última cúpula do G20, e do outro lado o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, em cujo país será realizada a cúpula do próximo ano.  E à esquerda do governante argentino estava Trump, enquanto do outro lado da mesa estava Xi.  O México, um dos países que integram o G20 e onde foi realizada a cúpula de 2012, estava representado por seu chanceler, Marcelo Ebrard.  

Na mensagem inicial, Abe lembrou as razões que motivaram a criação do G20 e que, com outros desafios, continuam vigentes. Se em suas origens houve foco nas crises financeiras do final do século passado e que explodiu em 2008, agora o problema é o comércio.  "A origem do G20 é conhecer os riscos da economia global", insistiu Abe, embora os níveis de crescimento se mantenham, há riscos de um retrocesso por causa das tensões comerciais atuais.  "A ansiedade e o descontentamento com as mudanças abruptas devido à globalização podem gerar tentações para o protecionismo e isso gerar confrontos entre os Estados", advertiu o primeiro-ministro japonês.  "O mundo está olhando na direção para a qual o G20 está apontando", acrescentou Abe.  

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Em uma apuração desta primeira sessão, o porta-voz do governo japonês Takeshi Osuga disse que nesses debates, dos 16 líderes que falaram "quase todos", se declararam a favor do livre-comércio e de sistemas comerciais "não discriminatórios".  A mesma fonte afirmou que alguns líderes "expressaram preocupação sobre as tensões comerciais" enquanto outros fizeram sobre "práticas comerciais injustas e sobre subsídios industriais que podem causar distorções no mercado".  

Durante quatro sessões, entre sexta-feira e sábado, os líderes do G20 discutirão políticas de consenso para temas comerciais em termos gerais ou mais detalhados, como a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC).  Mas também abordarão temas como a inovação, o envelhecimento da população em países desenvolvidos e os desafios fiscais aos quais enfrentarão os estados por corporações que buscam vantagens tributárias em uma economia cada vez mais global. 

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Mas, à margem das reuniões formais, a atenção estará centrada nos corredores, especialmente no encontro de sábado Trump e Xi e na possibilidade de que esse contato sirva para pôr fim, ou conseguir uma trégua, na atual guerra comercial.  

Xi, em comentários feitos durante uma reunião prévia, se queixou que o "comportamento protecionista de alguns países desenvolvidos está destroçando o sistema comercial global".  "Isto também está impactando os interesses de nossos países e está escurecendo a paz e a estabilidade em nível mundial", concluiu o governante chinês.

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