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Em Israel, Obama defende Palestina

Presidente norte-americano apoiou solução de dois Estados e pediu que países considerem o libanês Hezbollah como grupo terrorista

Em Israel, Obama defende Palestina (Foto: JASON REED)
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Opera Mundi - Em discurso para mais de 500 estudantes israelenses em Jerusalém nesta quinta-feira (21/03), o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que a paz com os palestinos é o "único caminho para a segurança" de Israel, que deve reconhecer o direito de "autodeterminação e justiça" do povo palestino.

Efe"Calcem os sapatos deles, olhem para o mundo com os olhos deles. Não é justo que uma criança palestina não possa crescer em um Estado próprio e viva com a presença de um exército estrangeiro que controla os movimentos de seus pais a cada dia", disse no Centro Internacional de Convenções em Jerusalém.

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Além disso, afirmou que não é justo "quando a violência dos colonos não é castigada" e "não é correto impedir aos palestinos de cultivar suas terras, restringir a habilidade de um estudante de se deslocar na Cisjordânia ou retirar famílias palestinas de suas casas".

"Nem a ocupação nem a expulsão são a resposta", concluiu, dizendo que "assim como os israelenses construíram um Estado em sua pátria, os palestinos têm direito a ser um povo livre em sua terra".

Por outro lado, Obama defendeu os "inquebrantáveis" laços que unem os dois países, reiterou o direito de Israel a defender-se perante qualquer ameaça e louvou suas conquistas tecnológicas e científicas.

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Em mensagem direcionada aos jovens, disse que "a paz não se faz entre governos, mas entre os povos" e que "como político, posso assegurar que os líderes políticos não correrão riscos se o povo não pedir que o façam: vocês devem criar a mudança que querem ver".

Obama reiterou o apoio à liderança palestina em Ramallah - cidade onde Obama se encontrou com o presidente, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro, Salam Fayyad – como "verdadeiros parceiros" para a paz, que construíram instituições e garantiram a segurança de Israel. Ao mesmo tempo, o presidente defendeu a postura israelense de não negociar com o Hamas, já que "não se pode esperar que Israel negocie com ninguém que se dedica a sua destruição".

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"Os acontecimentos vão dizer qual compromisso o presidente Obama assumiu a favor do Estado palestino", declarou à Agência Efe Xavier Abu Eid, um porta-voz da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).

O porta-voz afirmou que "é importante levar em conta que Obama teve quatro anos para implementar essa visão e, nesse período, foram adicionados 50 mil colonos judeus no território do Estado palestino".

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Hussam Zulud, vice-comissário de Relações Exteriores do partido Fatah, afirmou que não gostou da primeira parte do discurso, ao entender que "é preocupante ouvir o presidente dos Estados Unidos louvando o sionismo, afirmando que Israel é uma democracia cheia de valores, quando não é".

Segundo Zulud, "é injusto equiparar o sistema político dos EUA com o de Israel, porque os EUA não discriminam os cidadãos com base na sua cor, religião ou raça, e Israel sim, o faz contra os palestinos em seu solo e, além disso, mantém um apartheid com os palestinos nos territórios ocupados".

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No entanto, a segunda parte do discurso o agradou, "quando Obama falou da necessidade de acabar com a ocupação para uma audiência israelense. Além disso, o fato de os israelenses aplaudirem é um bom sinal e mostra que o problema não é o povo israelense, mas sua liderança".

Assim como o porta-voz da OLP, o membro do Fatah ressaltou que o discurso "são palavras e aqui necessitamos de trabalho, de ações reais".

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Condecoração israelense

O presidente israelense, Shimon Peres, concedeu a Obama a Medalha da Distinção, a maior honra concedida pelo Estado judeu e que é entregue pela primeira vez a um presidente americano.

A presidência de Obama "deu uma nova dimensão aos laços entre Israel e Estados Unidos", declarou Peres, que apontou que o povo israelense está "particularmente emocionado" pela contribuição de Washington à segurança de seu país.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, qualificou de "magnífico" o discurso do presidente norte-americana, cujas palavras foram de "um autêntico amigo e aliado" apesar de "conterem também algumas críticas".

"Quando estas críticas fazem parte da expressão de uma forte amizade e de uma visão de paz, um compromisso absoluto de apoio para consegui-la, são aceitas e admitidas como parte de uma troca normal entre amigos", comentou Palmor. “Neste caso, mais que uma crítica foi uma proposta de melhora, uma visão de futuro, não foi criticar por criticar", afirmou Palmor.

Hezbollah

No discurso, Obama disse também que "todo país que valorizar a justiça deve reconhecer o Hezbollah como o que realmente é, uma organização terrorista". Até o momento, a UE (União Europeia) não se mostrou partidária de incluir a milícia xiita libanesa na lista de organizações terroristas, pedido de Israel há anos.

O mundo, assegurou Obama, "não pode tolerar uma organização que assassina civis inocentes, armazena foguetes para disparar contra cidades e apoia o massacre de homens, mulheres e crianças na Síria".

A necessidade de isolar a milícia e declará-la organização terrorista, para o presidente, se torna "mais urgente" levando em conta que "o aliado do Hezbollah, o regime de Bashar Al Assad tem armazenadas armas químicas", advertido para que não transfira à milícia suas armas químicas.

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