CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mundo

Energia é novo cenário de disputa dos EUA contra a China

Os Estados Unidos pretendem rivalizar com a China na América Central com a abertura do mercado de gás natural liquefeito (GNL), apoiado no Panamá como aliado, opinou um meio de comunicação panamenho

Energia é novo cenário de disputa dos EUA contra a China
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247, com Prensa Latina - Os Estados Unidos pretendem rivalizar com a China na América Central com a abertura do mercado de gás natural liquefeito (GNL), apoiado no Panamá como aliado, opinou um meio de comunicação panamenho.

A afirmação se baseia na abertura, na semana passada, de uma termoeléctrica movida por GNL na cidade caribenha de Colón e os avanços em um terminal marítimo de gás para sua redistribuição a terceiros, ambos investimentos a cargo da estadunidense AES, somado ao crescente tráfego de navios-tanque pelo canal interoceânico.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Um artigo publicado pelo diário La Estrella disse que esse tipo de combustível é a pedra angular da expansão energética dos Estados Unidos nesta subregião, onde perdeu presença para o gigante asiático, e essas movimentações são uma contraofensiva na qual o Panamá poderia 'jogar um papel determinante para a distribuição do hidrocarboneto'.

A comercialização começará em setembro do próximo ano e transformará o Panamá em um 'hub' de energia elétrica e também de exportação de gás natural liquefeito, segundo Andrés Gluski, presidente executivo da AES.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

No ato de inauguração, Steven Weiberg, secretário assistente de Energia dos Estados Unidos, informou que seu país exportou desde o início da comercialização de GNL em fevereiro de 2016 até hoje 1,3 trilhão de pés cúbicos (368,12 bilhões de metros cúbicos) a 30 países em cinco continentes.

Horas depois da inauguração da planta, autoridades de ambos países assinaram um memorando de entendimento que estabelece a promoção e a cooperação energética, impulsiona o investimento em infraestrutura, energia renovável e a distribuição e transmissão de energia, segundo informação oficial.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Sobre o programa, o subsecretário do Tesouro estadunidense, David Malpass, explicou que 'está desenhado para seguir desencadeando uma melhor relação preço-qualidade no mercado de energia, bem como para catalizar os investimentos do setor privado nos Estados Unidos e outros lugares'.

Em total sintonia com as políticas econômicas neoliberais, insistiu que 'o investimento privado é chave para desenvolver sistemas de energia sólidos e de alto rendimento. O projeto da AES Colón é demonstração de que o Panamá se dirige com passos firmes por um caminho guiado pelo comércio'.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A Agência Internacional de Energia (IEA, sua sigla em inglês) prevê o aumento da produção de GNL nos Estados Unidos, que se converterá a partir de 2023 no maior exportador do mundo devido ao auge da extração do gás de esquisto.

Este tipo de hidrocarboneto, também conhecido como gás de lutita ou pizarra, é extraído do subsolo mediante ruptura da rocha com pressões hidráulicas, cujas práticas despertaram alarmes de ambientalistas pela possível contaminação de aquíferos, impactos sobre o clima e saúde humana.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Trata-se de um combustível em estado gasoso que se encontra nas formações rochosas sedimentares de grão muito fino localizadas em regiões profundas, e a baixa permeabilidade da rocha impede sua extração comercial por meios convencionais, por isso a fraturam com água e químicos sob pressão.

Neste novo cenário, os Estados Unidos se propõe a enfrentar a presença chinesa na região com seu 'produto estrela', do qual pretender tornar dependente a geração elétrica centro-americana em um princípio, extensivo à América do Sul.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ao mesmo tempo, os estadunidenses abrem alternativas ao possível corte do maior mercado do mundo para o GNL, a China, em meio a uma guerra comercial que a atual administração leva contra o gigante asiático.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO