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Escritor americano diz que chanceler de Bolsonaro expõe o Brasil ao ridículo

O escritor norte-americano Benjamin Moser, prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural em 2016 e autor da biografia de Clarice Lispector, escreveu uma carta endereçada a Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro, afirmando que a imagem do Brasil no exterior ficou pior com o novo governo, graças às declarações "ridículas" que o chanceler têm dado sobre aquecimento global, combate à globalização e outros assuntos; "nunca vi tantas matérias ruins sobre o Brasil surgirem na imprensa europeia e americana. Isso deve ser motivo de preocupação para um chanceler", disse em um trecho da carta

Escritor americano diz que chanceler de Bolsonaro expõe o Brasil ao ridículo (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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Jornal GGN - O escritor norte-americano Benjamin Moser, prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural em 2016 e autor da biografia de Clarice Lispector, escreveu uma carta endereçada a Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro, afirmando que a imagem do Brasil no exterior ficou pior com o novo governo, graças às declarações "ridículas" que o chanceler têm dado sobre aquecimento global, combate à globalização e outros assuntos.

"(...) em poucos meses, essa imagem já mudou bastante. Temo que não seja na direção que o senhor pretende. Pois, em todos os meus anos de brasiliófilo, nunca vi tantas matérias ruins sobre o Brasil surgirem na imprensa europeia e americana. Isso deve ser motivo de preocupação para um chanceler. Porque o Brasil, apesar de seus problemas, sempre desfrutou de um nome positivo no mundo."

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Moser alertou a Araújo que, quando um chanceler se dirige a um público internacional, deve evitar o emprego dos termos globalistas, marxistas, anticosmopolitas, valores cristãos, "que, em inglês, têm fortes conotações antissemitas. São extraídos do léxico de conspiração global judaica, e, dada a história deste léxico, pessoas civilizadas, tanto de direita como de esquerda, aprenderam a evitá-lo."

O escritor ainda alertou que não só o chanceler, mas outros membros do governo Bolsonaro - incluindo o próprio presidente - têm levado à antiga boa foma do Brasil à lona. "Desde o primeiro dia, este governo deu a impressão de querer abusar das pessoas mais vulneráveis da sociedade. Todos os jornais do mundo têm noticiado os ataques aos índios e à população LGBT, além da redução do salário mínimo para os trabalhadores mais pobres."

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Ao final, Moser ainda apela para que Araújo pare de passar vergonha em nível internacional e comporte-se à altura do cargo que recebeu. "O senhor se descreve, no seu Instagram, como 'ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro'. Não é. É ministro das Relações Exteriores do Brasil. Seria bom que se comportasse com a dignidade que tal posição exige."

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