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EUA impõem sanções contra Irã, que reage: "Hipocrisia não conhece limites"

Trump decide impor novas sanções ao Irã; no estilo duas caras, fala também em diálogo; reação iraniana é dura: EUA não são confiáveis, diz presidente persa Hassan Rouhani; EUA são hipócritas, assevera o chanceler Zarif

EUA impõem sanções contra Irã, que reage: "Hipocrisia não conhece limites" (Foto: REUTERS/Danish Siddiqui)
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247 - O governo de Donald Trump decidiu nesta segunda-feira (6) retomar as sanções contra o Irã. Horas antes da decisão, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, disse que o Irã deveria prestar atenção à "boa vontade" de Trump para negociar. O presidente iraniano, Hassan Rouhani rechaçou e disse que os EUA não são confiáveis.

"Eles poderiam aceitar a oferta do presidente para negociar com eles, para abandonar seus programas de mísseis balísticos e armas nucleares completamente e de forma realmente verificável", disse Bolton à Fox News.

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"Se os aiatolás querem sair do aperto, eles deveriam vir e se sentar. A pressão não irá ceder enquanto as negociações seguirem", disse Bolton, uma das principais autoridades de posição agressiva do governo em relação ao Irã.

As sanções, que devem entrar em vigor no início da terça-feira (7), miram compras iranianas de dólares norte-americanos, comércio de metais, carvão, software industriais e o setor automobilístico do país.

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As sanções renovadas estão entre as que foram suspensas sob um acordo de 2015 entre potências mundiais e Teerã em troca de contenção do programa nuclear iraniano. Trump abandonou o acordo em maio. Sanções mais duras dos EUA, mirando o setor de petróleo do Irã, estão previstas para novembro.

A moeda iraniana, o Rial, perdeu metade de seu valor desde abril sob a ameaça de sanções renovadas dos EUA. O colapso da moeda e a inflação crescente têm gerado manifestações esporádicas no Irã contra a corrupção, com muitos manifestantes gritando palavras de ordem contra o governo.

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O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse nesta segunda-feira que pode realizar conversas com os EUA somente se Washington provar sua confiabilidade.

Rouhani deu a entender que se os EUA entrarem novamente no acordo nuclear e suspenderem sanções, então isto pode abrir caminho para novas negociações.

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"Se você perfura alguém com uma faca e então você diz que quer conversar, a primeira coisa que você precisa fazer é remover a faca", disse Rouhani em discurso transmitido ao vivo na TV estatal.

"Somos sempre a favor de diplomacia e conversas... Mas conversas precisam de honestidade", disse Rouhani. Ele pediu para os iranianos se juntarem em face das dificuldades. "Haverá pressão por conta das sanções, mas nós iremos superar isto com união", disse.

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Trump retirou os EUA do acordo nuclear, dizendo que o pacto fracassou em mirar o programa de mísseis balísticos do Irã, os termos pelos quais inspetores visitam possíveis instalações nucleares iranianas e cláusulas sob as quais alguns dos termos do acordo expiram.

Trump planeja reintroduzir sanções mais duras sobre o petróleo iraniano em novembro e quer que o maior número possível de países corte suas importações de petróleo iraniano para zero.

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Mas a estratégica de sanções dos EUA tem diversos pontos fracos, especialmente uma relutância da Europa e da China em cortar negócios com o Irã.

O ministro das Relações exteriores do Irã, Mohamad Yavad Zarif, enfatiza que a hipocrisia dos Estados Unidos para com o país persa não conhece limites.

Em mensagem publicada nesta segunda-feira em sua conta no Twitter, o chanceler iraniano criticou a reimposição de sanções contra a República Islâmica por parte do governo Trump.

"A Administração de Trump quer que o mundo creia que está preocupada com o povo iraniano. Contudo, as primeiras sanções que volta a impor apresentam pretextos absurdos, pondo em perigo os iranianos comuns. A hipocrisia estadunidense não conhece limites", disse Zarif.

Em outra declaração por Twitter, Zarif se referiu à bomba atômica lançada pelos Estados Unidos na cidade japonesa de Hiroshima há 73 anos durante a Segunda Guerra Mundial. "Nesta data, em 1945, os EUA se converteram no primeiro e único país a utilizar armas nucleares. E todos os objetivos foram centros urbanos", escreveu.

E acrescentou que apesar de transcorridos 73 anos desde o bombardeio nuclear estadunidense, Washington não abandonou seu desejo militarista e continua ampliando seu arsenal de armas nucleares e negando-se a desmantelá-lo em um desafio aberto ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

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