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'EUA precisam se acostumar com a ideia de que não podem controlar o planeta', afirma cônsul de Cuba

O cônsul-geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzón, diz em entrevista que a pandemia do coronavírus apresenta desafios econômicos e humanistas. O diplomata opina que os EUA já vinham perdendo terreno no mundo e agora precisam se acostumar com a ideia de que já não exercem o controle

Pedro Monzón, cônsul-geral de Cuba em SP (Foto: Luiza Castro/Sul21)
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247 - “A crise do covid é realmente um momento muito importante no desenvolvimento da humanidade. Muitos países estão pensando agora na importância da solidariedade, na importância de que os serviços de saúde sejam gratuitos e que a educação tenha também esse caráter. Estão começando a se convencer de que o mercado não pode governar tudo. É preciso haver políticas que estejam a serviço da humanidade”, afirma o cônsul-geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzón. 

Em entrevista ao Tutaméia, o diplomata cubano diz que o mundo não será o mesmo depois da pandemia, ainda que os mecanismos econômicos do capitalismo continuem presentes: “Tomara que não renasçam com força depois dessa crise; tomara que não seja possível restabelecer os sistemas tais como eram antes dessa crise. De qualquer maneira, mesmo que isso ocorra, a experiência trágica dessa pandemia não será esquecida. Eu creio que vai ter influência no comportamento da sociedade no futuro.”

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Para ele, “a pandemia está indicando que o caminho socialista é melhor do que o capitalista. O socialismo, que não ignora o mercado, mas não se subordina ao mercado, é melhor que o capitalismo, que subordina tudo ao mercado, onde todos os serviços públicos praticamente não existem pois tudo se privatiza”.

Monzón situa a atual crise sanitária no contexto geopolítico: “Antes mesmo de começar a crise, o capitalismo e imperialismo no mundo estavam submetidos a desafios importantes, como o surgimento da China como importante potência mundial, já a segunda economia do mundo, ameaçando ser a primeira, a importância política da Rússia, a importância política de outros países –entre os quais se incluía, antes, o Brasil–, a importância da existência da países socialistas como o Vietnã e Cuba, ou seja, a importância de haver um mundo diverso, no qual o imperialismo não consegue, de maneira nenhuma, ter o controle total.”

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No entender dele, “o imperialismo já vinha perdendo terreno. Não tinha o controle absoluto do planeta, não pode ter o controle absoluto. A reação de Trump, desesperada e agressiva, não objetiva mais do que tentar evitar essa tendência no mundo, que se denomina multipolarização ou multilateralismo. O mundo deve se desenvolver a partir de intensas relações multilaterais, diálogo, debates, discussões, e não sob o governo de uma potência”.

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