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Ex-líder insiste em querer governar Catalunha remotamente

O líder deposto da Catalunha, Carles Puigdemont, disse que é perfeitamente elegível à reeleição como presidente da região, e que não há razões para que não possa governar remotamente de um exílio autoimposto em Bruxelas; apoiadores de Puigdemont, que enfrenta acusações incluindo insubordinação e insurreição caso retorne à Espanha, sugeriram que ele poderia governar via videoconferência

Líder deposto da Catalunha, Carles Puigdemont, durante reunião do partido Juntos pela Catalunha, em Bruxelas 12/01/2018 REUTERS/Francois Lenoir (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Sonya Dowsett e Inmaculada Sanz

MADRI (Reuters) - O líder deposto da Catalunha, Carles Puigdemont, disse nesta sexta-feira que é perfeitamente elegível à reeleição como presidente da região, e que não há razões para que não possa governar remotamente de um exílio autoimposto em Bruxelas.

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Apoiadores de Puigdemont, que enfrenta acusações incluindo insubordinação e insurreição caso retorne à Espanha, sugeriram que ele poderia governar via videoconferência, o que levou críticos a darem o apelido de “presidente holograma”.

“Eu sou um membro do Parlamento que é perfeitamente elegível como presidente”, disse Puigdemont à Rádio Catalunya. “Atualmente muitos grandes projetos são gerenciados com o uso de novas tecnologias”.

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Referindo-se às acusações contra ele, acrescentou: “Você não pode governar da prisão”.

O governo de Puigdemont foi destituído pelo governo central em Madri após ele comandar um movimento para que a rica região do nordeste do país se separasse do restante do Espanha, que culminou em uma declaração de independência em outubro.

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Ele reconquistou seu assento no Parlamento catalão em uma eleição em 21 de dezembro que foi convocada pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, na esperança de que partidos pró-unidade vencessem e resolvessem a pior crise política da Espanha em décadas. Esta tentativa fracassou, no entanto, uma vez que partidos a favor da separação ganharam uma pequena maioria.

Puigdemont se mudou para Bruxelas pouco após ser deposto por Madri, mas disse que irá retornar à Catalunha caso o governo espanhol lhe dê certas “garantias”, provavelmente uma promessa de não prendê-lo.

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Outros líderes catalães pela independência, incluindo Oriol Junqueras, líder do segundo maior partido separatista no Parlamento regional, estão cumprindo sentenças privativas de liberdade em Madri por seus papeis no planejamento do referendo de independência.

A incerteza sobre o futuro da região, onde fica Barcelona, segunda maior cidade da Espanha, e fábricas de marcas globais como Volkswagen e Nestlé, assustou investidores e fez com que milhares de companhias movessem suas sedes para outras partes da Espanha.

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O Parlamento catalão, que possui uma maioria pró-independência, deve decidir até 31 de janeiro se irá permitir que candidatos presidenciais se apresentem remotamente. Madri disse que irá contestar qualquer decisão de tal tipo nos tribunais.

Puigdemont não esclareceu em entrevista na rádio nesta sexta-feira se irá continuar com planos de construir unilateralmente uma república independente caso seja eleito presidente regional. Mas ele disse que planeja restaurar o governo anterior.

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“Não há plano B: o plano A é a restauração porque isto é o que o povo confiou a nós”.

Reportagem de Sonya Dowsett e Immaculada Sanz

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