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Exército está autorizado a abrir fogo até contra crianças, diz general israelense

"Qualquer um, incluindo crianças, que chegue perto da fronteira entre Israel e Gaza representa uma "ameaça" e pode ser considerado um alvo legítimo pelas Forças de Defesa de Israel (IDF)", disse o brigadeiro-general israelense Zvika Fogel; segundo ele, "criança ou qualquer outra pessoa" pode "esconder um dispositivo explosivo ou checar se há zonas mortas [...] ou cortar a cerca" para permitir infiltração no território israelense; em todos esses casos, a punição pelo que ele chamou de "violação de nossa fronteira", que não pode ser "tolerada", seria a "morte"

Soldado israelense aponta arma na cidade de Hebrom, na Cisjordânia 22/09/2017 REUTERS/Mussa Qawasma (Foto: Paulo Emílio)
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Sputnik - Qualquer um, incluindo crianças, que chegue perto da fronteira entre Israel e Gaza representa uma "ameaça" e pode ser considerado um alvo legítimo pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), disse um general aposentado, acrescentando que tal política garante a segurança israelense.

"No nível tático, qualquer pessoa que se aproximar da cerca, qualquer um que possa ser uma ameaça futura para a fronteira do Estado de Israel e seus moradores, deve arcar com o preço por essa violação", disse o brigadeiro-general israelense Zvika Fogel à rádio local Kan, conforme citado pelo site da Intifada Eletrônica.

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Ele então argumentou que uma "criança ou qualquer outra pessoa" pode "esconder um dispositivo explosivo ou checar se há zonas mortas [...] ou cortar a cerca" para permitir infiltração no território israelense, se essa pessoa se aproximar da fronteira. Em todos esses casos, a punição pelo que ele chamou de "violação de nossa fronteira", que não pode ser "tolerada", seria a "morte".

O general, chefe do Estado-Maior do Comando Sul das IDF, que controla a fronteira de 65 quilômetros com Gaza, justificou a ação dos militares contra os palestinos na cerca, observando que as forças israelenses não necessariamente atiram em todos os lugares e instâncias.

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Fogel argumentou que os franco-atiradores das IDF não estão apenas atirando aleatoriamente em palestinos a seu próprio critério, já que cada alvo é supostamente cuidadosamente selecionado e avaliado.

"Eu sei como um atirador faz o tiro. Eu sei quantas autorizações ele precisa antes de receber uma autorização para abrir fogo. Não é o capricho de um ou outro atirador que identifica o pequeno corpo de uma criança agora e decide que vai atirar. Alguém marca o alvo para ele muito bem e diz a ele exatamente por que alguém tem que atirar e qual é a ameaça daquele indivíduo", explicou. Fogel acrescentou, no entanto, que ferimentos fatais podem ser infligidos se alguém "atirar em um corpo pequeno".

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O general israelense descartou qualquer crítica dizendo que, mesmo que a imagem não seja bonita, é "o preço que temos que pagar para preservar a segurança e a qualidade de vida dos residentes do Estado de Israel".

Morte polêmica

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A polêmica entrevista aconteceu poucos dias após o assassinato de Mohammed Ayoub, de 15 anos, que foi atingido na última sexta-feira por uma bala durante o protesto Marcha de Retorno em Gaza. Um cinegrafista local que capturou o momento da morte, Abdul Hakim Abu Riyash, disse à RT que o adolescente não estava nem perto da linha de frente e não estava portando nenhum tipo de arma.

O chamado protesto Marcha de Retorno está sendo conduzido enquanto os palestinos reivindicam suas antigas casas, apropriadas por Israel em 1948. Os protestos começaram em 30 de março e devem continuar até 15 de maio, o que para os palestinos marca o forçado êxodo em massa de suas terras durante o estabelecimento do Estado de Israel. Os israelenses comemoram isso como o Dia da Independência.

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A sangrenta repressão aos manifestantes lançada pelas IDF já afetou os palestinos. Desde o início dos protestos, quase 40 pessoas foram mortas e mais de 1.400 feridos por munição real, balas de borracha e gás lacrimogêneo usado pelas forças israelenses contra os manifestantes perto da fronteira de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

As ações de Tel Aviv provocaram reações iradas de grupos de direitos internacionais, que repetidamente condenaram o uso da força pelos israelenses contra manifestantes desarmados.

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A Human Rights Watch (HRW) criticou os assassinatos "calculados" e disse que Tel Aviv não apresentou nenhuma evidência "que o arremesso de pedras e outras formas de violência por parte de alguns manifestantes ameaçaram seriamente os soldados israelenses do outro lado da fronteira".

A Anistia Internacional também acusou Israel do uso de "força excessiva e mortal contra manifestantes, incluindo crianças". No início de abril, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos também instou Israel a garantir que forças de segurança não usassem força excessiva contra os manifestantes palestinos.

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