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Lava Jato faz escola e 'exporta' metodologia para a Argentina

O depoimento que a ex-presidente argentina Cristina Kirchner deverá fazer nesta segunda-feira (13) às autoridades de seu país sob a suspeita de ser a destinatária final de propinas tem como base a sistemática da Operação Lava Jato no Brasil; nesta linha, o Executivo argentino pretende dar um poder maior aos procuradores, acima até mesmo dos juízes, e utilizar com maior frequência o mecanismo da prisão preventiva, outra herança da Lava Jato

Lava Jato faz escola e 'exporta' metodologia para a Argentina (Foto: MARCOS BEZERRA)
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247 - O depoimento que a ex-presidente argentina Cristina Kirchner deverá fazer nesta segunda-feira (13) às autoridades de seu país sob a suspeita de ser a destinatária final de propinas, lastreadas por meio de anotações em oito cadernos pelo motorista Oscar Centeno, que trabalhou com Roberto Baratta, ex-braço braço direito do ex-ministro de Planejamento Julio de Vido, tem como base a sistemática da Operação Lava Jato no Brasil.

Esta é a quarta vez que Cristina Kirchner é chamada para depor por causas diferentes. A estratégia adotada da Lava Jato brasileira pela Justiça argentina já resultou em 16 presos, 10 delações premiadas e um fugitivo. Nesta linha, o primo do presidente Mauricio Macro, o ex-dono da construtora IECSA Ángelo Calcaterra citado nos "diários da corrupção" argentina como na Lava Jato, reconheceu ter pago subornos nos governos de Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015).Diante disso, outros sete empresários teriam firmado acordos de delação premiada e, assim como na versão brasileira, ganharam o direito de responder ao processo em liberdade.

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Agora, o Executivo argentino pretende ampliar os poderes dos procuradores, acima até mesmo dos juízes, e utilizar com maior frequência o mecanismo da prisão preventiva, outra herança da Lava Jato. Em frequentes encontros com os colegas argentinos, o procurador Deltan Dallagnol apontou os acordos de delação premiada, investigação de personagens menores para se chegar aos maiores, a cooperação internacional e a estratégia de comunicação com a sociedade como os principais eixos da operação.

No ano passado, o juiz Sérgio Moro participou de um evento em Bueno Aires que tinha entre os ouvintes o juiz argentino Claudio Bonadio. Na ocasião, Moro falou sobre o uso das prisões preventivas como "tática ofensiva" contra a corrupção. Bonadio agora conduz a operação sobre os "diários da corrupção" e vem adotando métodos semelhantes.

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