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Mark Weisbrot: EUA apoiam golpe contra Dilma

"A visita do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) a Washington não recebeu atenção da mídia, mas deveria, porque ele se encontrou com Tom Shannon, que é o cara mais influente sobre América Latina no Departamento de Estado", diz Mark Weisbrot, diretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington; "A mídia ignorou totalmente, mas foi um sinal. E agora está à mostra o que a gente já sabia: os Estados Unidos querem se livrar do Partido dos Trabalhadores, como sempre quiseram"

"A visita do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) a Washington não recebeu atenção da mídia, mas deveria, porque ele se encontrou com Tom Shannon, que é o cara mais influente sobre América Latina no Departamento de Estado", diz Mark Weisbrot, diretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington; "A mídia ignorou totalmente, mas foi um sinal. E agora está à mostra o que a gente já sabia: os Estados Unidos querem se livrar do Partido dos Trabalhadores, como sempre quiseram" (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – Mark Weisbrot é codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington. Eis o que ele disse sobre a crise brasileira ao site Democracy Now:

Sim, eu penso que definitivamente é um golpe. A mídia internacional mudou nos últimos meses e especialmente agora. Ela agia como a mídia brasileira, que mostra a situação a partir do ponto-de-vista da oposição, como se fosse um impeachment legítimo.

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Agora se vê mais e mais gente dizer que não é legítimo, porque não há acusações reais contra a presidente que justifiquem o impeachment. Na verdade, é uma tentativa da oposição de reverter os resultados da eleição de 2014, tirar proveito do fato de que a economia está em recessão e atacar Dilma.

Acho que aquele artigo do Intercept (tradução parcial aqui) foi importante. Um ponto que eles destacaram foi a visita do senador Aloysio Nunes [PSDB-SP] a Washington não recebeu atenção da mídia, mas deveria, porque ele se encontrou com Tom Shannon [experiente diplomata, ex-embaixador no Brasil e hoje subsecretário de Estado].

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E Tom Shannon é o cara mais influente sobre América Latina no Departamento de Estado. É ele quem vai dizer, recomendar ao secretário de Estado [John] Kerry o que ele deveria fazer, onde os Estados Unidos deveriam se colocar neste processo. E isso é extremamente importante, porque Shannon não tinha obrigação de encontrar Aloysio.
Ele é apenas um senador. Ao encontrá-lo, mandou uma mensagem para todos os que estão acompanhando o Brasil de perto que os Estados Unidos aprovam o processo.

Foi assim no golpe de Honduras. Todos os que estavam acompanhando [a situação em Honduras] sabiam, no primeiro dia do golpe, assim que os Estados Unidos divulgaram uma nota que não dizia nada mal sobre o golpe, que aquela declaração sinalizava fortemente, da única forma possível em pleno século 21, apoio a um golpe, um golpe militar.

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Então, é algo similar. A mídia ignorou totalmente, mas foi um sinal. E agora está à mostra o que a gente já sabia: os Estados Unidos querem se livrar do Partido dos Trabalhadores, como sempre quiseram.

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