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May faz apelo a Parlamento britânico para que aprove acordo do Brexit

A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu nesta segunda-feira (14) aos parlamentares que deem uma "segunda olhada" em sua proposta para sair da União Europeia (UE), num esforço de última hora para convencer um Parlamento que parece prestes a rejeitar o acordo, o que poderia provocar um terremoto político no Reino Unido

May faz apelo a Parlamento britânico para que aprove acordo do Brexit (Foto: REUTERS/Neil Hall)
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247, com Reuters - A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu nesta segunda-feira (14) aos parlamentares que deem uma "segunda olhada" em sua proposta para sair da União Europeia (UE), num esforço de última hora para convencer um Parlamento que parece prestes a rejeitar o acordo.

O destino da saída da Grã-Bretanha da União Europeia, marcada para 29 de março, está incerto diante da previsão de que o Parlamento rejeite o acordo proposto por May, abrindo caminho para diversas possibilidades, que vão desde uma separação desordenada até uma completa reversão do Brexit.

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Na pior crise na política britânica em ao menos meio século, May e líderes da UE trocaram mensagens otimistas sobre o acordo de separação proposto por ela, embora haja poucos sinais de que parlamentares rebeldes tenham reconsiderado.

Em um discurso numa fábrica de louças em Stoke-on-Trent, cidade no centro da Inglaterra favorável à saída, May disse ser mais provável que o Brexit seja completamente interrompido pelos parlamentares, mas não que haja uma separação sem acordo.

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Em seguida, ela voltou ao Parlamento, onde pediu a parlamentares que deem uma nova chance a seu acordo, acenando com garantias de Bruxelas obtidas por ela e alertando sobre o risco de fragmentação do Reino Unido caso a proposta seja rejeitada.

"Eu digo a todos os membros de todos os lados desta Casa, seja lá o que você concluiu anteriormente, ao longo destas próximas 24 horas, dêm uma segunda olhada neste acordo", disse ela.

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"Não, não é perfeito. E sim, é um compromisso", disse ela, pedindo em seguida que reflitam sobre como qualquer decisão será julgada pela história.

May se recusou a ceder em seu acordo, mesmo com críticas de toda a parte. A rejeição à proposta, que prevê laços econômicos próximos com a UE, conseguiu unir os dois lados opostos no debate – parlamentares pró-UE que veem o acordo como o pior dos mundos, e os apoiadores do Brexit que acusam a proposta de transformar o Reino Unido em Estado vassalo.

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Dirigindo-se ao seu Partido Conservador em uma reunião privada, May voltou a alertar parlamentares contra o incentivo às divisões no Reino Unido por conta do Brexit e para a possibilidade de que o oposicionista Partido Trabalhista e seu líder, Jeremy Corbyn, assumam a dianteira da vida política britânica.

"Eu só quero que vocês se concentrem em duas coisas: temos que entregar o Brexit... e temos que manter Jeremy Corbyn o mais distante possível do número 10 (de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro)", disse o parlamentar Nadhim Zahawi a jornalistas depois da reunião, acrescentando que May estava tranquila.

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Mas dois apoiadores do Brexit deixaram a reunião mais cedo, afirmando que não mudaram de ideia e que vão se opor ao acordo.

Com a União Europeia tentando se preparar para uma jornada imprevisível, a Espanha disse que o bloco poderia concordar em estender o prazo para o Brexit, mas somente até as eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para maio.

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Como parte do esforço para conseguir que o acordo seja aprovado pelo Parlamento britânico, a UE e o governo de May deram algumas garantias em uma troca de cartas nesta segunda-feira.

A UE disse a May que estava comprometida em encontrar maneiras de evitar o desencadeamento do "backstop irlandês", um mecanismo para evitar o retorno de uma fronteira dura na Irlanda, em seu acordo com o Brexit e que esse compromisso tinha peso legal.

Em uma resposta conjunta às perguntas de May, o presidente da Comissão Européia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmaram que a UE se comprometeu a tentar chegar a um acordo pós-Brexit até o final do ano que vem para evitar o uso do impopular mecanismo "backstop".

Embora enfatizando que nada em sua carta poderia ser visto como uma mudança ou inconsistência com o esboço do acordo acertado com May no mês passado, eles disseram que o compromisso para um rápido acordo comercial feito pelos líderes da UE tinha "valor legal".

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