Merkel: Alemanha 'não vai automaticamente se aliar aos EUA contra a Coréia do Norte'
A chanceler alemã, Angela Merkel, criticou a tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte, estimulada por Donald Trump e Kim Jong-un; "Não vejo uma solução militar para a crise na Coreia do Norte. Acho errado", disse Merkel em discurso no evento Deutschland Live
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Carta Maior - Berlim não vai "automaticamente" se aliar com os EUA caso aconteça um conflito armado com a Coréia do Norte, disse a Chanceler Alemã Angela Merkel. Ela acredita que a crise na Coréia do Norte não pode ser resolvida com fins militares.
A chanceler alemã falou no evento ‘Deutschland Live’ organizado pelo jornal nacional Handelsblatt, onde a crise atual na Coréia do Norte estava entre os tópicos discutidos.
Quando perguntada sobre o pior cenário, ou seja, um conflito armado entre Washington e Pyongyang, Merkel disse que a Alemanha não necessariamente se aliaria aos EUA.
"Não, automaticamente não. Não vejo uma solução militar para a crise com a Coréia do Norte. Acho errado", disse Merkel.
A líder alemã pediu por uma resolução pacífica às tensões, insistindo que "fins diplomáticos não foram esgotados".
Merkel rejeitou qualquer opção militar para a Coréia do Norte, enquanto Washington e Pyongyang continuam a se enrolar em uma guerra de palavras. No ápice das tensões recentes, o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu encarar quaisquer próximas ameaças da Coréia do Norte com "fogo e fúria", enquanto o Norte ameaçou atingir a base dos EUA em Guam.
"A Alemanha estará intensamente envolvida em qualquer solução não militar", disse Merkel. "Mas uma elevação na retórica é a resposta errada".
À luz dos comentários de Merkel, o RT relembra outros pontos de contenção entre os EUA e as nações européias.
Enquanto isso, Berlim declarou apoio à iniciativa russa-chinesa de um "congelamente duplo" para resolver a crise. O plano envolve, simultaneamente, parar os testes com mísseis na Coréia do Norte e parar as simulações militares da Coréia do Sul com os EUA.
Washington recusou os pedidos, no entanto, e está atualmente mantendo os exercícios militares Ulchi-Freedom Guardian na península coreana com Seul. Mesmo com os EUA dizendo que as simulações são para aumentar o preparo e para proteger a região, Pyongyang os vê como uma ameaça direta à segurança.
O enviado da Rússia à ONU, Vladimir Safronkov, alertou em julho que "quaisquer tentativas de justificar uma solução militar são inadmissíveis e levarão à consequências imprevisíveis na região".sma maneira, tentativas de estrangular economicamente a Coréia do Norte também são inaceitáveis, enquanto milhões de norte-coreanos continuam necessitando de auxílio humanitário", ele adicionou.
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