Na Hungria, governo de Viktor Orbán utilizou spyware israelense para monitorar jornalistas, empresários e estudantes
Um ex-funcionário do NSO Group, que desenvolveu o spyware Pegasus, confirmou que o governo do ultradireitista era um cliente
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Celulares de jornalistas e empresários húngaros foram hackeados com o spyware Pegasus, da empresa israelense NSO Group, que vendia o serviço a governos. Sob o regime de Viktor Orbán, aliado de Jair Bolsonaro e da extrema-direita mundial, o país vem sofrendo ataques constantes a sua jovem democracia.
Um ex-funcionário da empresa, falando sob condição de anonimato, confirmou que o governo de Orbán era um cliente. Mais de 300 números de telefone húngaros -- conectados a jornalistas, advogados, grandes empresários e ativistas, entre outros -- constam em uma lista de selecionados para vigilância.
Os telefones com infecção confirmada pelo Pegasus pertencem a dois jornalistas do veículo húngaro Direkt36, Szabolcs Panyi e Andras Szabo, além de um empresário, que não quis ser identificado.
Autoridades húngaras tentaram rastrear ainda o telefone do estudante de doutorado e ativista belga-canadense Adrien Beauduin.
A tecnologia Pegasus, que o clã Bolsonaro buscou trazer para o Brasil, dá acesso total ao dispositivo, permitindo que autoridades revisem e-mails, textos, fotos e mensagens em aplicativos de comunicação criptografados, como WhatsApp e Signal. Além disso, ela permite espionar conversas telefônicas, secretamente ligar câmeras e microfones e organizar dados de localização.
A NSO diz que não opera o produto após a venda para governos e que "continuaria a investigar todas as alegações de uso indevido". (Com informações do Estadão).
Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais:
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: