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Opep e aliados fecham acordo para corte recorde na produção de petróleo

Todos os 23 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) concordaram em cortar a produção de petróleo em 9,7 milhões de barris de petróleo por dia

petroleo (Foto: Leonardo Attuch, attuch)
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Bloomberg - Os principais produtores de petróleo do mundo conseguiram fechar um acordo histórico para cortar a produção do barril e pôr fim a uma guerra devastadora de preços.

Após uma maratona de conversas bilaterais realizadas ao longo de uma semana e de quatro dias de videoconferências com ministros de governos do mundo todo - incluindo os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e as nações do G-20 - um acordo finalmente foi alcançado para lidar com o impacto da pandemia global na demanda por petróleo.

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As conversas quase fracassaram por causa da resistência do México, mas ressurgiram após um fim de semana de tratativas diplomáticas - enquanto o relógio corria antes da abertura dos mercados.

Opep e aliados vão cortar 9,7 milhões de barris diários - pouco abaixo da proposta inicial de 10 milhões de barris. Estados Unidos, Brasil e Canadá vão contribuir com outros 3,7 milhões de barris já que suas produções estão em declínio.

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Representantes da Opep ainda aguardavam para ouvir mais de países do G-20 - embora não esteja claro se estes números vão, de fato, representar corte na produção ou apenas declínio em razão das forças do mercado.

O México pareceu ter tido uma vitória diplomática já que vai contribuir com um corte de apenas cem mil barris diários - menos do que seria a sua cota proporcional.

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Grande o suficiente?

Com o vírus paralisando viagens aéreas e terrestres, a demanda por gasolina tem forte queda e os preços do barril de óleo cru atingiram a mínima em 18 anos. Isso ameaçou o futuro da indústria de shale gas nos Estados Unidos e a estabilidade de países dependentes do petróleo, ao mesmo tempo que passou a representar um desafio adicional para os bancos centrais que lutam contra os efeitos da pandemia.

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A questão agora para o mercado de petróleo é se os cortes serão suficientes para criar um piso para os preços diante da derrocada da demanda.

Com países em todo o mundo prorrogando o período de quarentena, número crescente de mortes em Nova York e o desemprego explodindo nos Estados Unidos, o mercado de petróleo está muito mais preocupado agora com o consumo do que com a oferta. A própria Opep reconhece o desafio, com seu chefe alertando ministros de que os fundamentos da demanda eram "horríveis".

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O barril do WTI caiu mais de 9% na quinta enquanto investidores antecipavam que os cortes não seriam suficientes. Os mercados de petróleo ficaram fechados na sexta em razão da Semana Santa.

Para que o acordo fosse fechado, o presidente dos EUA, Donald Trump, interveio, depois que o presidente do México, Andres Manuel Lopez Obrador, um político de viés populista de esquerda que prometeu elevar a produção de petróleo do México, reclamou dos termos do acordo. Conversas bilaterais entre Arábia Saudita e México continuaram ao longo do fim de semana, e o México parecia ter conseguido o que queria.

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A Opep buscava uma redução de 5 milhões de barris diários dos produtores que integram o G-20. O grupo, entretanto, não fez menções a cortes em seu comunicado após o encontro na sexta-feira, apenas disse que adotaria medidas para garantir a estabilidade.

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