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Papa Francisco canoniza bispo que defendia imigrantes e sonhava com mundo em que ninguém fosse estrangeiro

Outro novo santo da Igreja Católico é italiano que foi para a Argentina e passou a cuidar de doentes com tuberculose

Papa Francisco (Foto: VATICAN MEDIA)
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247 - Na missa deste domingo celebrada no Vaticano, o papa Francisco realizou o rito de canonização do bispo João Batista Scalabrini e do missionário católico Artêmide Zatti.

A atuação dos dois está ligada à imigração. Conhecido como "Pai dos Migrantes", João Batista Scalabrini nasceu perto de Como, Itália, em 1839. Foi ordenado sacerdote em 1863, e atuou como professor seminarista e colaborador em paróquias da região. Foi nomeado bispo de Piacenza aos 36 anos.

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Para ajudar milhares de migrantes italianos que deixavam o país, Scalabrini fundou a Congregação dos Missionários de São Carlos Borromeu, conhecidos atualmente como padres scalabrinianos. 

Também criou a Sociedade São Rafael, um movimento leigo a serviço dos migrantes, e Congregação das Missionárias de São Carlos Borromeu, hoje das irmãs scalabrinianas. Essas missionárias viajaram ao Brasil no começo do século 20 para prestar assistência aos italianos que chegavam aqui. Scalabrini morreu em 1905, aos 61 anos.

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Já Artêmedi Zatti nasceu em Borreto, na Itália, em 1880. Na juventude, emigrou com a família para a Argentina. Ele trabalhava numa fábrica de tijolos e frequentava uma paróquia dirigida por Salesianos. 

Aos 20 anos, foi para o seminário salesiano, e se tornou leigo professo. Nessa época, começou a cuidar de um padre que estava com tuberculose e acabou contraindo a doença. Ele se curou e depois dedicou sua vida a cuidar dos enfermos. Ele se formou como farmacêutico e enfermeiro, e foi o responsável por um hospital missionário que atendia pessoas de duas cidades argentinas: Viedma e Patagones. Zatti morreu aos 70 anos, vítima de câncer.

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O papa lembrou dramas atuais, como a crise migratória na Europa e os refugiados da guerra na Ucrânia, ao falar sobre o bispo Scalabrini, que fundou duas Congregações para o cuidado de migrantes, e sobre Zatti, que emigrou para a Argentina, onde administrou um hospital missionário. O papa afirmou que é "escandalosa a exclusão dos migrantes" que "morrem diante de nós" no Mediterrâneo, que agora é "o maior cemitério do mundo”.

Francisco lembrou que a formação da Igreja Católica tem relação com perseguições e migrações forçadas, e que é dever da instituição ser "instrumento de paz e comunhão entre os povos”. 

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Sobre Scalabrini, o papa ainda afirmou: 

“Com grande visão, Scalabrini ansiava por um mundo e uma Igreja sem barreiras, onde ninguém fosse estrangeiro. De sua parte, o salesiano coadjutor Artêmides Zatti foi um exemplo vivo de gratidão”.

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Francisco ainda falou sobre a crise migratória decorrente da guerra na Ucrânia.

"Neste momento, aqui na Europa, há uma migração, que nos faz sofrer tanto e nos impele a abrir o coração: a migração de ucranianos que fogem da guerra. Não esqueçamos hoje a martirizada Ucrânia! Scalabrini olhava mais além, olhava lá para diante, para um mundo e uma Igreja sem barreiras, sem estrangeiros", disse o papa.

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