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PD e M5S fecham acordo para novo governo na Itália e tiram Salvini de cena

Líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Luigi Di Maio, anunciou nesta quarta-feira (28) que existe base política para indicar novamente o jurista Giuseppe Conte ao cargo de primeiro-ministro da Itália. A legenda do ex-comediante Beppe Grillo deverá formar um novo governo com o até então opositor Partido Democrático (PD), de esquerda, tirando de cena Matteo Salvini, do partido de extrema-direita Liga Norte

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(ANSA) - Em uma grande reviravolta, o líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Luigi Di Maio, anunciou na tarde desta quarta-feira (28) que existe base política para indicar novamente o jurista Giuseppe Conte ao cargo de primeiro-ministro da Itália. A legenda do ex-comediante Beppe Grillo deverá formar um novo governo com o até então opositor Partido Democrático (PD), de esquerda, tirando de cena Matteo Salvini, do nacionalista Liga Norte.

"Na política, existem duas categorias: os que realmente fazem política e os que se aproveitam da política", afirmou Di Maio, após uma reunião com o presidente da Itália, Sergio Mattarella.  

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"Caiu sobre a cabeça dos italianos uma crise inesperada. Muitos desses italianos estavam esperando a redução de impostos, o fim das concessões, investimentos para o sul do país. Mas decidiram jogar tudo para o alto", criticou Di Maio, referindo-se à crise aberta no início de agosto por Salvini.  

Como os partidos mais votados nas eleições legislativas de 2018 tinham sido a Liga e o M5S, Salvini e Di Maio fizeram um pacto para governar a Itália em junho do ano passado. No entanto, Salvini, embalado pela sua popularidade em alta na Itália em 2019, anunciou no início de agosto o fim da coalizão de governo.

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O líder da Liga aproveitou uma votação sobre o projeto de trem de alta velocidade (TAV) - na qual Liga e M5S adotaram posições divergentes - para decretar o término da aliança. A expectativa de Salvini era a de que a Itália antecipasse eleições e que ele pudesse se tornar premier.

No entanto, em uma manobra ousada, o opositor PD ofereceu ao M5S uma abertura de diálogo para formar uma nova coalizão de governo, excluindo o expoente da Liga. Conte era o primeiro-ministro na aliança entre PD e M5S.

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No dia 20 de agosto, porém, ele renunciou ao cargo devido à crise aberta por Salvini. Em discurso no Senado, Conte acusou o líder da Liga Norte de "oportunismo político" e fez duras críticas às suas atitudes no governo. O presidente Mattarella convocou Conte para uma reunião amanhã (29), às 9h30 (4h30 de Brasília) na qual deve designar novamente o jurista para formar um novo gabinete.  

"O caos foi criado por Matteo Salvini. Todos ficam se perguntando o que passou pela sua cabeça ao mandar tudo para o ar", criticou Matteo Renzi, ex-premier da Itália e nome forte dentro do PD. (ANSA)

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