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Queremos juntar todos que estão a favor da paz, diz Timochenko, líder das Farc

Em entrevista exclusiva ao jornalista e escritor Fernando Morais, para os sites Nocaute e Opera Mundi , em Havana, Timochenko fala sobre o futuro da Colômbia, referendo, Trump e Brasil

Em entrevista exclusiva ao jornalista e escritor Fernando Morais, para os sites Nocaute e Opera Mundi , em Havana, Timochenko fala sobre o futuro da Colômbia, referendo, Trump e Brasil (Foto: Gisele Federicce)
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Do Nocaute - Rodrigo Londoño, ou o comandante Timochenko, como é conhecido, ou mesmo Timoleón Jiménez – é, seguramente, a face mais visível das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Como líder do grupo, participou de todo o processo de negociação e discussão do acordo de paz entre o governo e a guerrilha, além de ter sido o responsável por assinar o texto com o presidente Juan Manuel Santos.

Em entrevista exclusiva, concedida ao jornalista e escritor Fernando Morais em Havana, e que o Nocaute e o Opera Mundi publicam simultaneamente nesta sexta-feira (23/12), Timochenko falou sobre o processo de paz, a vitória do ‘não’ no referendo, suas expectativas em relação ao governo de Donald Trump, nos EUA, e a crise política no Brasil.

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O líder guerrilheiro tem uma longa trajetória dentro do grupo. Ele, que nasceu no interior da Colômbia, se juntou às FARC no começo da década de 1980 e, em 1986, já fazia parte do secretariado da organização. No entanto, não foi só um líder militar. Timochenko chegou a fazer, dentro do grupo, as vezes de enfermeiro – “numa guerrilha, se fazem muitas coisas, nas circunstâncias”, diz – e completou até um curso de câmera, sendo o responsável por filmar a etapa dos diálogos com o então presidente colombiano Belisario Betancur (1982-1986).

O guerrilheiro desmente, no entanto, que tenha feito um curso de medicina na União Soviética, como alguns relatos biográficos apontam. “Isso são puras mentiras da inteligência, que são tantas, que me formei na União Soviética, cardiologista”, afirma.

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Timochenko se tornou chefe do Estado-Maior da guerrilha em 2011, após o então líder, Alfonso Cano, ter sido morto em uma operação militar, e foi quem liderou, pelas Farc, as negociações em Havana. . Quando Juan Manuel Santos, o presidente colombiano, foi premiado com o Nobel da Paz, não foram poucos os que defenderam que Timochenko também deveria ter recebido a homenagem. Santos, em seu discurso no recebimento do prêmio, afirmou que o Nobel pertencia também “a todos os homens e mulheres que, com enorme paciência e fortaleza, negociaram em Havana por todos esses anos.” E completou: “E me refiro tanto aos negociadores do governo quanto aos das Farc – meus adversários -, que demonstram uma grande vontade de paz”.

Para Timochenko, o fundamental agora é unir os setores que estejam a favor da paz no país, para assegurar que o processo continue, independentemente de quem estiver na presidência da Colômbia.

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“O primeiro passo para isso é, para os que querem a paz, deixar de lado todos os interesses particulares. Isso é o que deve nos identificar a todos, porque, se não se elege um presidente que garanta a continuidade dos acordos, não sabemos que tipo de situação se pode gerar na vida política do país”, diz.

Leia aqui a íntegra da entrevista e assista à conversa em vídeo:

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