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Representante de Guaidó pede reunião com Comando Sul dos EUA

O representante em Washington do opositor venezuelano Juan Guaidó solicitou uma reunião com o Comando Sul dos Estados Unidos para discutir temas de cooperação e planejamento, "a fim de aliviar o sofrimento do povo venezuelano e restabelecer a democracia", uma medida classificada como uma "aberração" pelo governo de Nicolás Maduro

Representante de Guaidó pede reunião com Comando Sul dos EUA (Foto: REUTERS/Manaure Quintero)
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AFP - O representante em Washington do opositor venezuelano Juan Guaidó solicitou uma reunião com o Comando Sul dos Estados Unidos para discutir temas de cooperação e planejamento, "a fim de aliviar o sofrimento do povo venezuelano e restabelecer a democracia", uma medida classificada como uma "aberração" pelo governo de Nicolás Maduro.

Em carta dirigida ao chefe do Comando Sul, o almirante Craig Faller, Carlos Vecchio diz que "as condições na Venezuela pioraram, como consequência do regime corrupto, incompetente e ilegítimo do usurpador Nicolás Maduro".

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A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou em uma transmissão na TV que "lemos, rejeitamos uma aberração, uma carta, que um dos golpistas que hoje se esconde em Washington pede a intervenção militar na Venezuela".

Faller alertou na semana passada o Exército venezuelano de que deve decidir se apoia o povo ou "um tirano", em referência ao presidente Nicolás Maduro.

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A delegação de Guaidó nos Estados Unidos afirmou que espera que a reunião aconteça nos próximos dias.

A vice-presidenta venezuelana condenou a aproximação de Guaidó e seu entorno do governo de Donald Trump.

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"Rejeitamos, condenamos, este tipo de posições submissas, lacaias, entreguistas (...) Não apenas as condenamos, mas sabemos que estão condenadas ao fracasso", declarou Rodríguez acompanhada de Vladimir Padrino, ministro da Defesa.

A tensão aumentou durante a noite, depois que a polícia iniciou uma operação para desalojar a embaixada da Venezuela em Washington, tomada há várias semanas por ativistas americanos contrários à entrada da delegação liderada por Vecchio.

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"As autoridades já deram o passo", confirmou à AFP Rafael Alfonso, membro da delegação de Carlos Vecchio, ao falar sobre a operação.

Pouco depois da meia-noite, no entanto, a operação de desalojamento não estava concretizada: quatro ativistas se recusavam a deixar a sede diplomática, enquanto a polícia - que inicialmente quebrou o cadeado e retirou as correntes da porta - protegia o edifício.

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Manifestações fracassadas

Desde que se autoproclamou presidente interino, no dia 23 de janeiro, após o Parlamento declarar ilegítima a reeleição de Maduro, Guaidó tem liderado manifestações nas quais afirma que os militares são a base de apoio ao governante chavista.

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Mas as convocações para novos protestos têm recebido pouco apoio desde que Guaidó liderou a fracassada tentativa de rebelião ao lado de um pequeno grupo de militares no dia 30 de abril, que provocou a prisão de Edgar Zambrano, vice-presidente do Parlamento opositor, e a abertura de processo contra outros nove deputados.

Três deles se refugiaram em sedes diplomáticas e outro fugiu para a Colômbia. A Organização de Estados Americanos (OEA) condenou nesta terça-feira a prisão de Zambrano e exigiu sua libertação.

Um protesto nacional no sábado passado reuniu apenas duas mil pessoas em Caracas e um punhado de pessoas em outras cidades. Uma semana antes, uma iniciativa para incitar os soldados a desertar também teve pouca participação.

A influência dos EUA

Desde janeiro "a estratégia da oposição tem sido aumentar a pressão interna e externa para produzir a fratura na cúpula do governo e isso não foi cumprido. O governo se mantem coeso", disse à AFP o cientista político Ricardo Sucre.

"Guaidó vendeu a percepção de que o apoio a Nicolás Maduro dentro da Força Armada não era tão forte", mas a realidade foi diferente, por isso que "agora tem menos poder de negociação", informa Eurasia Group.

"A participação provavelmente seguirá caindo nas próximas semanas", levando Guaidó a se "centrar cada vez mais em atores externos (...), sugerindo explicitamente o apoio militar dos Estados Unidos", acrescentou.

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