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Trump pressionou presidente da Ucrânia a investigar Biden, seu rival na disputa eleitoral dos EUA

Presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a investigar o ex-vice-presidente Joe Biden, líder das pesquisas entre os presidenciáveis democratas para a eleição do ano que vem. Telefonema aconteceu depois de Trump ordenar ao governo norte-americano que congelasse quase US$ milhões de ajuda dos EUA à Ucrânia

Trump vai taxar produtos do México por causa de imigração (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque )
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Reuters - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o presidente da Ucrânia a investigar um rival político, o ex-vice-presidente Joe Biden, em coordenação com o secretário de Justiça dos EUA e com o advogado pessoal de Trump, de acordo com a transcrição de uma ligação telefônica divulgada pelo governo Trump nesta quarta-feira.

O registro oficial da ligação de meia hora feita em julho revelou uma troca surpreendente de pedidos, promessas e insinuações, incluindo algumas não relacionadas a Biden, como quando Trump pediu para o presidente Volodymyr Zelenskiy “nos fazer um favor” envolvendo uma controvérsia que surgiu após a campanha presidencial norte-americana de 2016.

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A transcrição foi divulgada um dia após a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, anunciar que a Casa de maioria democrata estava iniciando um inquérito formal de impeachment. Ela também instruiu seis comitês a prosseguirem com investigações das ações do presidente.

Os detalhes da ligação geraram amplas críticas de democratas, que acusam Trump, que buscará a reeleição no ano que vem, de solicitar ajuda da Ucrânia para difamar Biden, o líder das pesquisas entre os presidenciáveis democratas para a eleição do ano que vem.

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O telefonema aconteceu depois de Trump ordenar ao governo norte-americano que congelasse quase 400 milhões de dólares de ajuda dos EUA à Ucrânia.

“O que estas notas refletem é um clássico estilo mafioso de extorsão contra um líder estrangeiro, disse o democrata Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara.

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Em um comunicado, Biden afirmou que o Congresso precisa responsabilizar Trump por seu “abuso de poder”. Segundo ele, “é uma tragédia para este país que nosso presidente coloque políticas pessoais acima de seu juramento sagrado”.

Trump e Zelenskiy apareceram lado a lado em Nova York nesta quarta, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, e negaram irregularidades na ligação. O presidente da Ucrânia disse a repórteres que “ninguém me pressionou”.

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Trump criticou Pelosi por ter se curvado a “radicais” dentro do Partido Democrata. “Até onde sei, infelizmente, ela não é mais presidente da Câmara”, disse Trump.

A controvérsia surgiu após um delator de dentro da comunidade da inteligência dos EUA apresentar uma queixa relacionada à conversa de Trump com Zelenskiy.

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Embora a lei federal afirme que tais queixas sejam divulgadas ao Congresso, o governo Trump não fez isto. Mas autoridades do Congresso afirmaram que os comitês de inteligência da Câmara e do Senado irão receber permissão para ver a queixa na quarta-feira.

De acordo com o resumo, Trump disse a Zelenskiy que o procurador-geral, equivalente ao secretário de Justiça, William Barr, a autoridade mais alta da aplicação da lei nos EUA, e o advogado pessoal do presidente, Rudy Giuliani, iriam conversar com Zelenskiy sobre a reabertura de uma investigação sobre uma companhia ucraniana. O filho de Biden, Hunter, havia trabalhado como diretor da companhia.

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“Fala-se muito sobre o filho de Biden, que Biden interrompeu a investigação, e muitas pessoas querem descobrir isso, então o que quer que você possa fazer com o procurador-geral seria ótimo”, disse Trump na ligação, segundo resumo fornecido pelo Departamento de Justiça dos EUA, em referência a Barr.

No resumo, Trump não afirmou explicitamente a Zelenskiy que a ajuda norte-americana dependia da investigação contra Biden, mas Trump enfatizou a importância do apoio norte-americano antes de pressioná-lo a agir contra Biden.

“É possível dizer que fazemos muito pela Ucrânia”, disse Trump. O presidente norte-americano então afirmou que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, “não faz nada” pela Ucrânia, mas que “os Estados Unidos têm sido muito, muito bons com a Ucrânia”.

De acordo com a transcrição, Zelenskiy respondeu que Trump estava “1.000%” correto e agradeceu Trump pelo “grande apoio na área da Defesa”. Ele também afirmou que planeja comprar mais mísseis anti-tanque desenvolvidos pelo Exército norte-americano.

Ao levantar o assunto envolvendo Biden, Trump disse a Zelenskiy que havia “ouvido que você tinha um procurador que era muito bom e ele foi desligado e isso é muito injusto”. Trump disse que Giuliani, um aliado político sem papel formal dentro do governo, e Barr iriam ligar para o presidente ucraniano.

“Biden saiu por aí se vangloriando de ter impedido a investigação, então, se você puder conferir isso... Parece horrível para mim”, disse Trump.

Zelenskiy assegurou Trump de que seu próximo procurador-geral “será 100% meu aliado” e que “irá olhar esta situação”.

Zelenskiy, um ex-comediante, então afirmou que se hospedou na Trump Tower, um dos empreendimentos do presidente norte-americano, em sua última viagem aos EUA.

“Também quero garantir a você que seremos muito sérios com este caso e iremos trabalhar na investigação”, acrescentou o presidente ucraniano.

Após a promessa de Zelenskiy, Trump o convidou para visitar a Casa Branca, dizendo que “quando você quiser vir à Casa Branca, fique à vontade para telefonar”.

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