Venezuela: Maduro insinua que Capriles é gay
Eleição que definirá o sucessor de Hugo Chávez parte para ataques pessoais entre o presidente interino, Nicolás Maduro, e o opositor, Henrique Capriles; "Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres", provocou Maduro nesta segunda-feira; adversário chamou as palavras de "declarações homofóbicas"
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247 – A disputa presidencial na Venezuela, que definirá o sucessor de Hugo Chávez, morto na terça-feira 5, vem mostrando contundentes ataques pessoais. Durante discurso nesta segunda-feira, a uma multidão que acompanhou a inscrição de sua candidatura, o presidente interino Nicolás Maduro insinuou que seu opositor, Henrique Capriles, fosse gay. "Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres", provocou Maduro, visto como favorito nas eleições.
Em seguida à declaração, Maduro beijou sua mulher, Cília Flores, que se afastou do governo chavista para ajudar na campanha do marido. Capriles, que tem 40 anos e é solteiro, rebateu à noite os ataques do presidente interino: "Quero enviar uma palavra de rechaço às declarações homofóbicas de Maduro. Não é a primeira vez. Creio numa sociedade sem exclusão, na qual ninguém se sinta excluído por sua forma de pensar, seu credo, sua orientação sexual".
Em 2012, Nicolás Maduro foi mais direto em suas provocações, chamando Capriles de "maricón", uma versão pejorativa da palavra gay. O fato provocou manifestações de ativistas. Agora, ele se refere ao opositor como "senhorito", pelo fato de Capriles ser solteiro. Em meio aos agressivos ataques entre os adversários, o clima ainda é de luto na Venezuela, onde milhares fazem fila para visitar o velório de Hugo Chávez.
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