CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mundo

Xi vai à Rússia em visita de 'amizade, cooperação e paz'

A convite do presidente russo, Vladimir Putin, o presidente Xi fará uma visita de Estado à Rússia de 20 a 22 de março

Presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping (Foto: œЋ Xinhua)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Global Times - O presidente Xi Jinping faz a partir desta segunda-feira (20),  uma visita de Estado à Rússia. A viagem terminará na quarta-feira, anunciou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, na sexta-feira. Espera-se que a visita do presidente Xi à Rússia, percebida como uma viagem de amizade, cooperação e paz, promova ainda mais a cooperação China-Rússia e contribua para a paz e o desenvolvimento global, disseram analistas.

Durante a visita à Rússia, o Presidente Xi terá uma profunda troca de opiniões com o Presidente Putin sobre as relações bilaterais e as principais questões internacionais e regionais de interesse mútuo, impulsionará a coordenação estratégica e a cooperação prática entre os dois países e injetará novo ímpeto no crescimento das relações bilaterais, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, na coletiva de imprensa regular na sexta-feira. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A China e a Rússia continuarão a praticar o verdadeiro multilateralismo, promover maior democracia nas relações internacionais, trabalhar para construir um mundo multipolar, melhorar a governança global e contribuir para o desenvolvimento e progresso no mundo, afirmou Wang.

A visita à Rússia é de grande significado, pois ocorre depois que Xi foi eleito presidente da República e da Comissão Militar Central (CMC) da China na terceira reunião plenária da primeira sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional (APN). Esta também será sua primeira visita ao exterior em 2023, destacaram analistas.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Enquanto o mundo está passando por mudanças drásticas e a crise na Ucrânia continua há mais de um ano, a China divulgou um documento tomando posição sobre a solução política da crise na Ucrânia e um documento conceitual da iniciativa de segurança global. A visita de amizade, cooperação e paz de Xi também mostrará os esforços da China na promoção da paz e das negociações, observaram comentaristas.

Contribuição para o mundo

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O embaixador chinês na Rússia, Zhang Hanhui, disse ao Global Times que a visita de Estado de Xi à Rússia é um marco para as relações China-Rússia na nova era. Injetará um forte ímpeto nas relações bilaterais e liderará o desenvolvimento sustentado dos laços bilaterais em alto nível.

Andrey Kortunov, diretor-geral do Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia, expressou grandes expectativas para a visita de Xi e disse que será muito importante para o lado russo. Há uma ampla gama de questões que podem ser discutidas durante esta viagem, incluindo relações econômicas, a ordem mundial emergente e crises regionais.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A visita também será um sinal para a comunidade internacional de que a parceria China-Rússia está mais forte do que nunca, disse o especialista em Rússia ao Global Times.

Os principais líderes da China e da Rússia mantêm interações estreitas. A Rússia foi o destino da primeira visita de Estado de Xi depois de se tornar presidente há uma década. A próxima visita também é uma visita de retorno após a visita de Putin à China em fevereiro de 2022, disse Zhao Huirong, especialista em estudos do Leste Europeu da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), ao Global Times na sexta-feira.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Zhao observou que a China e a Rússia chegarão a um consenso sobre como promover ainda mais a conectividade da Iniciativa do Cinturão e Rota com a União Econômica da Eurásia e impulsionar a cooperação em vários campos, incluindo comércio e investimento, economia verde, economia digital e logística. 

Na atual situação global, as relações China-Rússia encontraram novas oportunidades, especialmente no desenvolvimento comum e no campo da energia, disseram analistas.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Recentemente, os EUA e alguns países ocidentais intensificaram os esforços para difamar e demonizar as relações China-Rússia e, ao espalhar mentiras sobre o "apoio" da China à Rússia no conflito com a Ucrânia, os EUA e seus aliados querem conter a Rússia e a China.

A China e a Rússia desenvolveram relações estreitas com base nos benefícios dos dois povos e os laços foram construídos com base no não confronto e no não direcionamento a terceiros, o que significa que ruídos externos não afetarão suas relações, afirmou Wang Chenxing, pesquisador em estudos russos do CASS, disse ao Global Times.

Ao anunciar a viagem de Xi à Rússia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse que Xi e Putin mantiveram intercâmbios estreitos nos últimos anos e traçaram o curso e forneceram orientação para o crescimento sustentado e estável da parceria estratégica abrangente China-Rússia de coordenação para uma nova era.

Os dois lados encontraram um caminho de relações entre os principais países com confiança estratégica, boa vizinhança e cooperação, estabelecendo um novo modelo para as relações internacionais, disse Wang.

A China e a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e estão entre os principais países do mundo e o significado e a influência da relação China-Rússia vão muito além do âmbito bilateral, disse o porta-voz.

Analistas disseram que o desenvolvimento estável das relações China-Rússia também conduz à paz global, já que os dois países defenderam conjuntamente o multilateralismo, especialmente quando os EUA e seus aliados impulsionam confrontos globalmente, e a China continuará promovendo a paz e as negociações sobre a crise na Ucrânia.

Promovendo a paz e as negociações

Respondendo a uma pergunta sobre se o presidente Xi elaborará ainda mais a posição e a proposta da China à Rússia durante a visita e tentará influenciar a Rússia para uma solução política para a crise na Ucrânia, Wang Wenbin disse que a visita de Xi à Rússia também é sobre a paz. Salvaguardar a paz mundial e promover o desenvolvimento comum é o nosso objetivo de política externa. Na questão da Ucrânia, a China sempre está do lado da paz e do diálogo e está do lado certo da história.

Sempre acreditamos que o diálogo político é a única forma de resolver conflitos e disputas. Acender as chamas, alimentar a luta, sanções unilaterais e pressão máxima só irão alimentar a tensão e piorar as coisas, disse Wang Wenbin. 

A China defenderá a posição objetiva e justa sobre a crise da Ucrânia e outras questões internacionais e regionais importantes, e continuará a desempenhar um papel construtivo na solução política da crise, observou o porta-voz.

A China insistiu em que guerras e sanções não são o caminho para resolver disputas, enquanto o diálogo e a comunicação são. O país pede à comunidade internacional que alcance o máximo divisor comum na crise da Ucrânia para buscar o diálogo e evitar uma crise humanitária maior - isso também é o que o presidente Xi enfatizará ao discutir a crise na Ucrânia em sua visita à Rússia, disse Zhao.

Ao manter a comunicação com a Rússia e a Ucrânia, a China pode ajudar a buscar um diálogo possível e promover a proteção dos meios de subsistência das pessoas por meio da cooperação, disse Zhao, observando que, desde o início do conflito, a China tomou medidas tangíveis, incluindo a oferta de ajuda humanitária à Ucrânia, que destaca seu senso de responsabilidade.

Em fevereiro, a China divulgou um documento com sua posição sobre o conflito, de 12 pontos, intitulado "Posição da China sobre a solução política da crise na Ucrânia" e pediu a cessação das hostilidades e a retomada das negociações de paz, encerrando as sanções unilaterais e abandonando a mentalidade da Guerra Fria.

Na quinta-feira (16), o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, teve um telefonema com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no qual Qin expressou a esperança de que a Ucrânia e a Rússia mantenham vivas as esperanças de diálogo e negociação e não fechem as portas para um acordo político, por mais difícil ou desafiador que seja.

No entanto, apesar dos esforços da China e da comunidade internacional em promover a paz e as negociações, os EUA e alguns países ocidentais continuam a atiçar as chamas e despejar armas no campo de batalha na Ucrânia e a transferir a culpa, até mesmo criticando a China por não se juntar à sua campanha para condenar ou sancionar a Rússia, disseram analistas.

É ridículo e vergonhoso que os EUA e seus aliados critiquem a China sobre a crise da Ucrânia, já que a China não é uma parte diretamente envolvida nem a iniciadora da crise, mas não escolheu ser uma espectadora ou colocar lenha na fogueira, em vez disso se esforça para promover o diálogo e a paz, disse Wang Chenxing do CASS.

A comunidade internacional está ansiosa para encontrar uma solução para interromper o conflito Rússia-Ucrânia antes que seja tarde demais, e é por isso que o apelo da China por paz e negociações ganhou apoio, disseram analistas.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO