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Aliados preferem Chalita a Haddad em São Paulo

Ainda traumatizados pelos problemas de relacionamento com o PT no plano federal, partidos da base aliada mostram-se mais dispostos a fechar com Gabriel Chalita, do PMDB, do que com Fernando Haddad, do PT; caso do PC do B emblemtico e pode ser decisivo

Aliados preferem Chalita a Haddad em São Paulo (Foto: Divulgação)
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247 – Quem não se lembra da crise que abateu o ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva, no fim do ano passado? Acossado por uma série de denúncias, ele acabou se demitindo e atribuindo sua queda ao fogo amigo do PT. O mesmo aconteceu com ministros do PP, do PDT, do PR e de vários outros partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff.

Hoje, esses mesmos partidos, que foram tratados como aliados de segunda categoria no plano federal, vêm sendo cortejados pelo PT, que pedem apoio à candidatura de Fernando Haddad, em São Paulo. O caso do PC do B, que tem como pré-candidato Netinho de Paula, é emblemático. Ferido no episódio Orlando Silva, o partido hoje tende mais para a candidatura de Gabriel Chalita, do PMDB, do que para a de Haddad, do PT. E essa tendência pode se repetir em vários outros casos.

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Leia, abaixo, o noticiário da Agência Estado a respeito:

PC do B ameaça PT em SP e negocia apoio a Chalita

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A crise na base aliada que o governo federal enfrenta no Congresso passou a respingar na campanha do pré-candidato petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Depois do PDT e do PR, agora o PC do B, o mais tradicional aliado do PT nas disputas paulistanas, ameaça fechar uma aliança com o PMDB, do deputado Gabriel Chalita.

Líderes do PC do B foram procurados há cerca de 10 dias pelo vice-presidente Michel Temer, principal articulador da pré-candidatura de Chalita, para conversar sobre a sucessão. Temer se encontrou recentemente com o presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo, e com o ex-ministro do Esporte Orlando Silva.

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“Até duas semanas atrás era um namorico, agora está virando namoro sério”, diz um comunista, elevando a pressão sobre o PT, num momento em que a costura das alianças em favor de Haddad patina com a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das articulações - o petista postergou a volta ao cenário político após diagnóstico de pneumonia semana passada.

Assim como os demais partidos da base aliada de Dilma Rousseff, o PC do B reclama do tratamento dado pelo PT. Afirma não conseguir emplacar indicados em cargos na Esplanada e diz não ver contrapartida na relação com a sigla aliada, já que lançará candidatos em 10 capitais, mas não tem garantia de que terá o apoio do PT em nenhuma delas. Além disso, a sigla ainda guarda a mágoa da demissão de Orlando Silva do ministério por suspeitas de fraudes e desvios de recursos a ONGs conveniadas à pasta.

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O flerte do PC do B com o PMDB agrava a situação na campanha de Haddad, que assiste a uma rebelião dos potenciais aliados que podem garantir ao petista tempo de TV na propaganda eleitoral gratuita. Oficialmente, o PC do B mantém a pré-candidatura do vereador Netinho de Paula à Prefeitura paulistana.

Cotado para indicar o vice do petista, o PR se recusa a fechar o apoio até que o governo troque o titular do Ministério dos Transportes. O PDT também quer emplacar novo nome na pasta do Trabalho e, assim como o PSB, ameaça ir para a órbita do PSDB.

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Sinais

Enquanto os comunistas veem falta de “jogo de cintura” do PT em negociações eleitorais pelo País, Temer deu sinais de que o PMDB pode apoiar a candidatura do senador Inácio Arruda (PC do B-CE) em Fortaleza e, mais importante para o PC do B, desistir de se aliar à reeleição de José Fortunati (PDT) em Porto Alegre. Lançaria Ibsen Pinheiro como candidato, beneficiando, assim, a candidatura da deputada Manuela D’Ávila (PC do B-RS).

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A direção comunista hoje avalia que, a se concretizar a sinalização feita pelo vice-presidente, o apoio à candidatura de Chalita seria mais provável do que à de Haddad. “Não é possível que o PT não possa apoiar uma candidatura nossa nem em Macapá”, esbraveja um dirigente.

Apesar da aproximação do PC do B com o PMDB, os petistas dizem que haverá solução para o impasse com o aliado, que desde 1988 apoia o PT em São Paulo. O PT sinaliza ceder em pelo menos uma capital: Florianópolis.

Além de Netinho, Inácio Arruda e Manuela D’Ávila, o PC do B tem outras sete candidaturas colocadas em capitais. Por decisão da direção nacional, elas serão mantidas até o fim deste mês, quando o partido fará uma reavaliação do quadro eleitoral.

“O PC do B tem uma resolução que diz que até o fim de março mantém 10 candidaturas nas capitais. Não adianta fazer nada agora”, diz o presidente do PT paulistano, vereador Antonio Donato. “Mas não tem canal obstruído.” Procurado, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que não poderia atender.

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