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Após mirar em Dilma e acertar Temer, delator agora nega propina em 2014

O ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, prestou um novo depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta-feira (17) e mudou a versão dada anteriormente: agora ele afirma que não houve propina para a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014; em seu primeiro depoimento, Marques de Azevedo havia dito que entregou propina de R$ 1 milhão para a campanha petista; defesa de Dilma, porém, mostrou provas de que o suposto "cheque da propina" na verdade havia sido entregue a Michel Temer

CURITIBA, PR, 20.06.2015: OPERAÇÃO-LAVA JATO - Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20). (Foto: Gisele Pimenta/Frame/Folhapress) (Foto: Giuliana Miranda)
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247 -  O ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, prestou um novo depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta-feira (17) e mudou a versão dada anteriormente: agora ele afirma que não houve propina para a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014. Em seu primeiro depoimento, Marques de Azevedo havia dito que entregou propina de R$ 1 milhão para a campanha petista. A defesa de Dilma, porém, mostrou provas de que o suposto "cheque da propina" na verdade havia sido entregue a Michel Temer. 

Confira reportagem da Agência Brasil sobre o assunto: 

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André Richter - Repórter da Agência Brasil

O empreiteiro Otávio Marques de Azevedo, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse hoje (17) em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não houve doação eleitoral em forma de propina para a chapa da campanha presidencial Dilma-Temer de 2014. Azevedo é ex-presidente da Andrade Gutierrez.

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Segundo advogados que presenciaram a audiência, Azevedo retificou depoimento prestado anteriormente no qual confirmou os repasses em forma de propina para os comitês da ex-presidenta Dilma e do então vice, Michel Temer.

O delator foi chamado a depor novamente na Justiça Eleitoral por determinação do ministro Herman Benjamim, que atendeu pedido feito pelos advogados da campanha de Dilma.

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Os defensores afirmaram ao TSE que cerca de R$ 1 milhão, valor que teria sido recebido de propina pela empreiteira e repassado como doação de campanha, foram transferidos em julho de 2014 para o diretório nacional do PMDB, e não do PT, como disse Azevedo em um primeiro depoimento.

"Foi um depoimento de retificação em que ele apresentou a nova versão dizendo que se equivocou em relação ao primeiro depoimento e que, ao contrário do que disse, não houve da Andrade Gutierrez, nenhum valor de propina para a campanha presidencial de 2014." disse Guedes.

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O advogado da campanha de Dilma, Flávio Caetano, também confirmou que Otávio de Azevedo reconheceu que "não houve nenhuma propina e nenhuma irregularidade na campanha de Dilma e de Temer".

"Dos 25 testemunhos de acusação, era o único que tinha dito que tinha alguma irregularidade na campanha. Hoje cai por terra toda e qualquer acusação de irregularidade na arrecadação da campanha de Dilma e Michel Temer", afirmou Caetano.

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Após o depoimento, que durou cerca de duas horas nesta noite, Azevedo foi abordado pela imprensa e evitou fazer comentários sobre seu depoimento, mas disse que está "tranquilo".

"Da minha parte estou bastante tranquilo, como vejo que tem que ser. Vamos continuar olhando para a frente. Olhando para essa caminhada para a frente".

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Em dezembro de 2014, as contas da campanha de Dilma e do então vice-presidente Michel Temer foram aprovadas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o PSDB questionou a aprovação por avaliar que havia irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, como doações suspeitas de empreiteiras. Conforme entendimento atual do tribunal, a prestação contábil da chapa é julgada em conjunto.

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