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Ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas têm as digitais do general Ramos, revela o jornalista Rubens Valente

Quando era comandante militar do Sudeste, general recebeu empresário com estudo furado sobre as eleições de 2014, mais tarde usado em live por Bolsonaro

(Foto: Marcos Corrêa - PR)
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247 - Reportagem de Rubens Valente, no UOL, dá conta de que os ataques com fake news contra as urnas eletrônicas foram gestados no Comando Militar do Sudeste, quando era chefiado pelo general Luiz Eduardo Ramos.

"Um coronel da reserva do Exército e um empresário de São Paulo descreveram à Polícia Federal como o CMSE (Comando Militar do Sudeste) (…) se interessou, em 2018, em receber e avaliar uma suposta denúncia de fraude nas urnas eletrônicas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições de 2014”, escreveu o jornalista.

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Essas mesmas alegações, sem qualquer base técnica, apareceriam três anos depois na live transmitida pelo presidente Jair Bolsonaro, em 29 de julho de 2021.

A apuração da PF foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes a partir de uma manifestação do TSE para que o conteúdo da live presidencial fosse investigado. 

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O procedimento passou a tramitar no STF na forma de petição (nº 9842), uma apuração preliminar usada pelo tribunal antes da abertura de um inquérito, e como um apenso de outro inquérito, o de nº 4781, o chamado "inquérito das fake news".

Rubens Valente revela que as citações ao CMSE (Comando Militar do Sudeste) foram feitas à PF pelo empresário paulista Marcelo Abrileri, autor de um estudo considerado inconsistente sobre as eleições de 2014, e pelo coronel de artilharia do Exército Eduardo Gomes da Silva, que em 2018 era "oficial de inteligência" do CMSE. 

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Em 2020, Silva passou para a reserva e hoje ocupa o cargo de secretário especial de Modernização do Estado na SGP, no Palácio do Planalto, a pasta de Ramos. O coronel da reserva participou da mesma live investigada, ao lado de Bolsonaro.

A participação do CMSE - um dos oito comandos regionais do Exército no país, responsável pela 2ª Região Militar e pela 2ª Divisão do Exército - numa discussão sobre urnas eletrônicas primeiro veio à tona durante o depoimento do coronel. 

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A PF procurou ouviu também o empresário paulista - seu telefone celular fora repassado pelo coronel da reserva Silva. Tratava-se de Marcelo Abrileri, 56, que se apresentou como um "empresário do ramo de internet", cuja atividade "gira em torno de plataformas online". Ele tem o segundo grau "técnico na área de eletrônica". Reconheceu que não possui nenhum "grau de conhecimento formal" nas áreas de matemática, probabilidade e informática, embora se considere, "desde a infância", como um "autodidata nessas três áreas”.

Investigado pela PF, Bolsonaro não compareceu ao depoimento determinado por Alexandre de Moraes na última sexta-feira.

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