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Cantanhêde: “o comandante do Exército está no pior dos mundos: ou perde o cargo, ou perde a autoridade”

“Paulo Sérgio está no pior dos mundos: ou pune Pazuello, correndo o risco de ser desautorizado por Bolsonaro e obrigado a se demitir; ou não pune e perde o respeito e a autoridade”, avalia a jornalista Eliane Cantanhêde ao apontar o imbróglio envolvendo o Alto Comando do Exército com o general Eduardo Pazuello

(Foto: Reprodução | PR)
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247 - A jornalista Eliane Cantanhêde escreve em sua coluna no jornal Estado de S.Paulo publicada nesta sexta-feira (28) sobre imbróglio envolvendo o Alto Comando do Exército e o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, que feriu as normas da caserna e participou de um ato político com Jair Bolsonaro no domingo. 

“Por que o presidente Jair Bolsonaro saiu ontem de Brasília, voou quase 3 mil quilômetros e se meteu no meio da Amazônia para inaugurar uma pontezinha de madeira, de menos de 20 metros? Simples. Para continuar seduzindo os militares e tentar fazer com o novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio, o que fez com o também general Eduardo Pazuello: cooptá-lo, para manipulá-lo. Mas Paulo Sérgio não é Pazuello; A ponte Rodrigo e Cibele fica na BR 307, liga São Gabriel da Cachoeira (AM) à Comunidade Indígena Balaio e foi feita pela Engenharia do Exército. Bom pretexto para o encontro de Bolsonaro com Paulo Sérgio e o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, com direito a fotos e ao teatro de que vai tudo às mil maravilhas entre o presidente e as Forças Armadas”, analisa a jornalista.

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Segundo Cantanhêde, “enquanto Bolsonaro se encontrava com o comandante e o ministro, bem longe da capital, vencia o prazo de 72 horas para que Pazuello se defendesse no Comando do Exército sobre sua presença num ato evidentemente político com o presidente, no Rio, domingo passado. O Estatuto Militar e o Regimento Disciplinar do Exército proíbem militares da ativa, caso de Pazuello, em atos políticos; Quem tem poder monocrático no caso Pazuello é Paulo Sérgio, que tem sete dias para decidir e está no pior dos mundos: ou pune, correndo o risco de ser desautorizado por Bolsonaro e obrigado a se demitir; ou não pune e perde o respeito e a autoridade. Como ele estava ontem confraternizando com o presidente, suspeita-se que possa estar sendo convencido a optar por mera advertência. Não será fácil”.

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