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Cúpula do Judiciário vê leniência da segurança pública do DF após terrorismo bolsonarista em Brasília

Segundo a Reuters, ataques terroristas de bolsonaristas se soma a outros em que houve omissões na área da segurança pública local que causaram preocupações nos ministros do Supremo

Carro é incendiado em frente a posto de gasolina na noite desta segunda-feira (12), em Brasília. (Foto: Adriano Machado/Reuters)
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BRASÍLIA (Reuters) - Integrantes da cúpula do Poder Judiciário consideram que houve uma atuação leniente das forças de segurança pública do Distrito Federal na contenção dos atos de vandalismo na segunda-feira à noite por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, disseram fontes ouvidas pela Reuters, numa referência ao maior episódio de violência pós-eleitoral no país.

Uma das fontes avaliou que deverá ser necessário um novo reforço ou revisão na segurança para a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro.

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Na noite de segunda-feira, o centro da capital foi palco de carros e ônibus queimados, depredação de estabelecimentos e também de uma tentativa de invasão da sede da Polícia Federal como protesto pela prisão de um líder indígena apoiador de Bolsonaro determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Essas cenas, ocorridas pouco depois da diplomação de Lula, causaram desconforto no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Segundo uma das fontes, o episódio da segunda-feira se soma a outros em que houve omissões na área da segurança pública local que causaram preocupações nos ministros do Supremo. O então presidente do STF, Luiz Fux, chegou a acionar ano passado o governador do DF, Ibaneis Rocha, para reforçar a segurança nas imediações do prédio do Supremo ante o avanço de bolsonaristas às vésperas do 7 de setembro do ano passado, lembrou a fonte.

No feriado do Dia da Independência de 2021, auge dos ataques de Bolsonaro a ministros do Supremo, manifestantes chegaram bem próximo do edifício do STF.

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Essa fonte disse que já passou da hora de acabar com o acampamento no Setor Militar Urbano em que bolsonaristas pregam intervenção militar para que Lula não tome posse em 1º de janeiro. Para ela, esse local --de onde teriam partido alguns dos autores das ações na noite de segunda-- deveria ser desfeito ainda neste mês.

Outra fonte do STF concorda com a necessidade de retirada dos manifestantes da área militar, mas disse que, com base em fontes de inteligência do Judiciário, o acampamento está cada vez mais desmobilizado.

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Essa segunda fonte rejeitou o pretexto usado por bolsonaristas de que a prisão de José Acácio Serere Xavante acusado de "envolvimento em protestos antidemocráticos" motivaram as ações.

"Moraes não se furta a tomar decisões", disse essa fonte, ao ressaltar que ele recebe os pedidos e decide.

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Em entrevista na noite de segunda, o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, negou que tenha havido falha na segurança do centro da cidade, revelou que parte dos manifestantes estava no acampamento perto da área militar em Brasília e que os envolvidos serão reconhecidos e responsabilizados.

Em nota no final da manhã desta terça, a Secretaria de Segurança Pública disse que os atos foram controlados, mas que até o momento não tinha havido nenhuma prisão relacionada aos "distúrbios civis ocorridos".

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Ao menos desde setembro do ano passado, tanto o Supremo quanto o TSE reforçaram suas ações para ampliar a segurança dos prédios, dos ministros e de familiares dos ministros. Aumentaram a equipe interna que atua na segurança e também receberam aumento de ações na área da segurança pública local.

Apesar dos atos na capital, segundo as duas fontes ouvidas pela Reuters, a intenção entre integrantes da cúpula do Judiciário é tentar distensionar a relação turbulenta com o governo federal às vésperas da posse do novo presidente e tratar o vandalismo da véspera como caso de polícia.

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