Cúpula do PSDB cogita continuar em cima do muro
Apesar da pressão, os líderes tucanos 'mais experientes' estão montando uma operação para evitar tomar decisão final sobre o desembarque do PSDB do governo Temer em reunião marcada para segunda-feira (12); após conseguir adiar o encontro que aconteceria na quinta (8), parte dos tucanos costuram uma forma de agradar aos 'cabeças pretas', os deputados mais jovens que defendem a saída imediata do governo entregando os quatro ministérios com os quais são agraciados; ideia inicial era de desembarque 'à moda tucana': mantendo os ministros que se considerassem 'à vontade para ficar no cargo', dando apoio parlamentar à agenda do governo e, ao mesmo tempo, proclamando o rompimento; os 'indecisos' são liderados pelos tucanos da 'velha guarda', como FHC, Geraldo Alckmin e Aécio Neves
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247 - Apesar da pressão, os caciques tucanos estão montando uma operação para evitar tomar decisão final sobre o desembarque do PSDB do governo Temer em reunião marcada para segunda-feira (12). Após conseguir adiar o encontro que aconteceria na quinta (8), parte dos tucanos costuram uma forma de agradar aos 'cabeças pretas', os deputados mais jovens que defendem a saída imediata do governo entregando os quatro ministérios com os quais são agraciados.
A ideia inicial era de desembarque 'à moda tucana': mantendo os ministros que se considerassem 'à vontade para ficar no cargo', dando apoio parlamentar à agenda do governo e, ao mesmo tempo, proclamando o rompimento, segundo a Folha de São Paulo.
Ontem (9), com Temer já virtualmente livre do risco de cassação após as deliberações do dia anterior no Tribunal Superior Eleitoral, formou-se o consenso de que é melhor não haver uma decisão final na segunda. Resta, porém, combinar com os 'cabeças pretas'.
O líder do partido na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), faria a ponte entre os dois grupos. A articulação deverá durar todo o fim de semana, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou dos EUA para participar de conversas.
O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), defende o rompimento, por entender que Temer sob cerco é ruim para a economia do país. Ele foi lançado como presidenciável numa eleição indireta caso Temer venha a cair, juntamente com FHC, mas o partido baixou a bola dessa articulação para não melindrar aliados como o PSD, o DEM e o próprio PMDB.
O PSDB continua a considerar que Michel Temer terá sérias dificuldades para chegar ao fim do mandato, mas de todo modo a avaliação está um ou dois tons abaixo daquela feita há duas semanas.
Como integrou o governo de saída, o PSDB quer evitar o rótulo de traidor, embora a ala jovem considere que ficar com o peemedebista seja fatal do ponto de vista eleitoral em 2018.
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