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DF: Rejeição a Agnelo cresce 22% em três meses

Bancada distrital acredita que situao seja reflexo das recentes denncias envolvendo o governador. Alguns aliados dizem que problemas de administrao tambm podem ter influenciado o resultado

DF: Rejeição a Agnelo cresce 22% em três meses (Foto: Divulgação)
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Noelle Oliveira e Naira Trindade_Brasília 247 – Ao se completarem 314 dias da gestão Agnelo Queiroz, a base aliada do governo na Câmara Legislativa não se mostra preocupada com o fato de 67,1% dos brasilienses desaprovarem a administração do governador. O índice foi divulgado na quarta-feira (9), em pesquisa do instituto O&P. Para os distritais aliados, a pesquisa reflete o momento de desgaste da imagem do chefe do Executivo. Nada que preocupe politicamente, dizem. A oposição, por sua vez, faz o seu papel e toma a pesquisa como mais uma motivação para que a Casa se posicione e investigue as denúncias que envolvem Agnelo em um suposto esquema de desvio de verbas no Ministério do Esporte, em 2006, e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2008. Na bancada federal, o assunto ganha outro tom. Base e oposição apontam problemas além do desgaste da imagem do petista.

Para o líder do governo na Câmara Legislativa, Wasny de Roure (PT), os números por si só não dizem muito. “Apenas o momento em que estamos é que é delicado”, considera. Ele toma como exemplo a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que se reelegeu em outubro com quase 54% dos votos. “Ela apareceu em baixa em várias pesquisas e acabou saindo vitoriosa”, compara.

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Também na base no governo, o deputado Cláudio Abrantes (PPS) avalia como “natural” que Agnelo esteja com a reputação manchada após o grande número de denúncias. “Sempre que existe algo desse tipo, o acusado recebe o ônus em um primeiro momento”, diz. O distrital acha que o processo de convencimento da população sobre a inocência de um denunciado não é rápido. “Diante de tudo o que foi exposto, seria infantil imaginar que ele teria popularidade alta neste momento”, pondera.

Em agosto, o índice de rejeição ao governador Agnelo Queiroz era de 45,3%, ou seja, 21,8% menor do que o atual, de acordo com o mesmo instituto. No início do mandato, em maio, era de 36,5%. O crescimento da insatisfação do brasiliense, no último trimestre, foi quase três vezes maior do que o salto registrado no primeiro intervalo entre os levantamentos, de 8,8%. Para a distrital da oposição Liliane Roriz (PSD), a pesquisa municia a tese de que a população exige explicações. “Não só as denúncias compõem esse quadro, mas também a falta de compromisso da gestão, as promessas não cumpridas, tudo porque o governador está muito ocupado se defendendo, sem tempo para cuidar da população.” A deputada Eliana Pedrosa (PSD) também vincula a rejeição à “paralisia” da cidade. “As investigações relativas ao governador têm de acontecer, independentemente desses números”, diz.

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Após consultar estatísticos, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) caracterizou a pesquisa como “sem fundamento técnico”. “São números fajutos, estamos rindo deles.” Para Vigilante, o fato de o estudo se basear em um universo de 900 pessoas não lhe dá credibilidade. “Eles podem manipular isso como quiserem”, acredita. O instituto O&P Brasil entrevistou 900 pessoas de 4 a 7 de novembro, sendo a margem de erro da pesquisa de 3,3%.

O deputado Chico Leite (PT) avalia que os números servem para que o governo vá às ruas e sinta o que a população quer. “Logicamente a queda é reflexo das denúncias, mas, além disso, precisamos ver o que pode ser feito em termos de governo para melhorar”, pondera. Também da oposição, Celina Leão (PSD) não poupa ataques e dá força aos números. “É um governo de imoralidade, por onde passa Agnelo deixa um rastro.”

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Bancada federal

No Congresso Nacional, a rejeição ao governo do DF é tratada por apoiadores de Agnelo como algo complexo e que vai além da crise. Para a deputada federal Erika Kokay (PT), muito do resultado negativo se deve à falta de postura da atual gestão. “Este governo ainda não tem cara, é desarticulado, o novo caminho proposto não está nítido e os esforços se perdem”, acredita.

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A parlamentar destaca o fato de, desde antes das denúncias contra Agnelo, a gestão apresentar um comportamento de queda em termos de aprovação popular. “O atual governo ainda não conseguiu estabelecer os divisores de águas necessários, ao mesmo tempo em que plantou muita coisa, mas ainda não deu tempo de colher.” Na avaliação de Erika, existe tempo para se recuperar, mas a ação não pode demorar. “Se tardar muito, essa impressão negativa acaba se cristalizando.”

Da oposição, o deputado federal Izalci Lucas (PR) repercutiu a pesquisa no plenário da Câmara dos Deputados. Segundo ele, os números apresentam a verdade exposta no DF. “Ainda são modestos, pois existem muitas pessoas ligadas ao governo na cidade e pouca divulgação na mídia das reais denúncias, os índices de rejeição poderiam ser muito mais altos”, avaliou. Já para o deputado federal Antônio Reguffe (PDT), todo o panorama é instável e, portanto, pode mudar facilmente. “Essa pesquisa é como se fosse uma fotografia do momento e, como reflete o agora, pode, daqui para frente, ser diferente”, considerou.

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