Dilma: “Judiciário ainda pode cumprir seu papel constitucional"
Após a nova Vaza Jato, a presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou que "parte do estrago causado à democracia pela Lava Jato é irreversível". "O Judiciário, porém, ainda pode cumprir o seu papel constitucional, corrigindo ilegalidades e anulando decisões partidarizadas", disse
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247 - A presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou que nova "Vaza Jato prova que Moro e seus procuradores ocultaram grampos ilegais de telefonemas de Lula para várias pessoas".
"As conversas mostram a razão de Lula ser nomeado ministro do meu governo: rearticular politicamente a base parlamentar e tentar sustar o golpe em andamento", escreveu o parlamentar no Twitter.
De acordo com a ex-presidente, "parte do estrago causado à democracia pela Lava Jato é irreversível". "O Judiciário, porém, ainda pode cumprir o seu papel constitucional, corrigindo ilegalidades e anulando decisões partidarizadas", continuou.
"Duas decisões comprovadamente ilegais foram a prisão de Lula, para impedi-lo de se eleger presidente, e o impeachment contra mim sem crime de responsabilidade. Sem a reparação das injustiças, o Estado Democrático de Direito não será plenamente restabelecido", acrescentou.
Segundo reportagem do Intercept Brasil, em parceria com o jornal Folha de S.Paulo, diálogos de Lula enfraquecem a tese usada por Sérgio Moro de que o ex-presidente queria ser blindado da Lava Jato.
A operação tinha 22 diálogos de Lula, mas usou apenas um deles para interferir na política. Em 16 de março de 2016, o então juíz Sérgio Moro tornou público um diálogo em que a então presidente Dilma tratou com o ex-presidente sua eventual posse como ministro da Casa Civil. Todas as outras conversas mostravam que o ex-presidente estava na dúvida se aceitaria o convite ou não.
O grampo divulgado por Moro foi ilegal porque um dos participantes da conversa (Dilma) tinha a prerrogativa de foro por função.
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