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Eles querem brilhar na CPMI do Cachoeira

De desconhecidos do grande pblico, como os deputadosCarlos Sampaio eFernando Francischini, a celebridades como o ex-presidente Collor, a CPMI promete minutos de exposio que podem render votos no futuro; quem sair ganhando da CPMI em que todos podem sair perdendo?

Eles querem brilhar na CPMI do Cachoeira (Foto: Divulgação)

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247 – Às vésperas da instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que deve investigar as relações entre Carlinhos Cachoeira e políticos de todo país, seus candidatos a estrela já despontam. E vão de rostos conhecidos, como o do ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) – que está em busca de uma tribuna há anos – , a completos desconhecidos, como o deputado estreante Fernando Francischini (PSDB-PR). Todos esperançosos de turbinar as carreiras políticas ao garantir minutos preciosos de protagonismo no tradicional circo montado em torno das comissões de inquérito do Congresso Nacional. E a expectativa não é por acaso.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), por exemplo, chegou à posição que ocupa hoje graças, entre outras coisas, a seu desempenho na CPI dos Correios, de 2005, quando ainda era filiado ao PSDB. Paes ficou na história como membro da ala jovem de deputados que se destacou durante as transmissões ao vivo da comissão realizada em 2005. Entre eles estava o atual líder do DEM na Câmara, ACM Neto, e Carlos Sampaio (PSDB-SP), que retorna, indicado por seu partido, na CPI do Cachoeira.

O resultado de uma CPI para a carreira política de um deputado pode não vir tão rápido, contudo. É o caso do ex-deputado Gustavo Fruet, que foi um dos subrelatores da mesma CPI dos Correios, mas não conseguiu se eleger ao Senado em 2010 – apesar de conseguir reeleição como deputado em 2006 com número recorde de votos. Fruet é hoje o favorito na disputa pela Prefeitura de Curitiba e deve parte de sua fama, sim, à CPI dos Correios.

Candidatos

Entre os candidatos a protagonista da CPI do Cachoeira estão principalmente os parlamentares da oposição, naturalmente. Sem nada a perder, figuras como Carlos Sampaio e o delegado Fernando Francischini, que já apareceu entre os grampeados por Dadá, araponga de Cachoeira, entram como franco atiradores na comissão.

O mesmo pode ser dito sobre Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara e indicado pdo bloco PPS-PV para a comissão, que já vem dando o tom da oposição: “Um dos alvos da CPI deve ser os negócios da Delta Construtora com Cachoeira e a relação desse parceria com o fechamento de contratos com os governos federais e estaduais”.

Outro que projeta brilhar diante dos holofotes é o deputado Anthony Garotinho, ávido por se tornar o homem-bomba da CPI. “Por que será que o governo da presidente Dilma tem tanto medo que eu participe da CPI do Cachoeira?”, questionava Garotinho em seu blog dias atrás.

Outros tantos tentarão se destacar entre os membros da comissão, cuja expectativa pela abertura já demonstra o barulho que deve fazer. Entre eles o deputado e delegado Protógenes Queiroz (PCdoB), que, apesar de mencionado nos grampos da Operação Monte Carlo, promete entrar com tudo na comissão. É acompanhar para ver quem conseguirá o almejado protagonismo que pode render votos nos próximos anos.

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