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Elo entre Cachoeira e Marconi quer falar na CPI

O jornalista Luiz Carlos Bordoni diz que negociou com o próprio Marconi Perillo sua participação na campanha que o elegeu governador em 2010; na hora de receber, o dinheiro veio de uma firma laranja de Carlos Cachoeira; Bordoni é, para Perillo, o que a Fiat Elba foi para Collor em 1992

Elo entre Cachoeira e Marconi quer falar na CPI (Foto: Divulgação_Folhapress)
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247 – Marconi Perillo tem um problema. Um problemaço, na verdade, e ele se chama Luiz Carlos Bordoni. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo (leia mais aqui), ele afirma que negociou com o próprio Perillo sua participação na campanha de 2010, que levou o tucano pela terceira vez ao Palácio das Esmeraldas em Goiás. “Nós sentamos e ele perguntou: ´Quanto é que você quer?´ Eu disse: ´Eu quero tanto´. Ele respondeu: ´Não posso pagar tanto´. Eu tinha pedido R$ 200 mil. Acertamos que seriam R$ 120 mil no primeiro turno e mais R$ 50 mil caso a campanha fosse vitoriosa”.

Da conversa entre o candidato e o jornalista, infere-se que Marconi queria Bordoni na sua campanha e vice-versa. Até aí nada demais se as despesas fossem pagas com recursos arrecadados legalmente, ou seja, sem o uso de caixa dois. De acordo com Bordoni, o pagamento foi feito por uma firma laranja de Carlos Cachoeira, a Alberto & Pantoja, que receberia recursos da Delta.

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O jornalista é, portanto, a prova testemunhal de que o bicheiro Carlinhos Cachoeira pagou parte das despesas de campanha de Perillo. Coincidência ou não, conseguiu nomear diversos aliados na área de segurança pública e até de desenvolvimento do estado de Goiás. Pagou, levou. O paralelo histórico é o da Fiat Elba, que conectou o ex-presidente Fernando Collor, alvo de um processo de impeachment há 20 anos, ao esquema do tesoureiro Paulo César Farias.

No caso goiano, a Construtora Delta, que era praticamente administrada por Cachoeira no Centro-Oeste, amealhou contratos de mais de R$ 250 milhões no governo de Marconi Perillo.

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Bordoni já avisou que está disposto a ir a CPI, abrindo seu sigilo bancário, fiscal e telefônico, assim como o de sua filha, que recebeu os recursos pelo pagamento da campanha, por meio da Cachoeira. “Vamos ver então quem está faltando com a verdade. Se eles querem a briga neste nível, nós vamos brigar neste nível”.

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